Clássico marcado para o dia 21 de fevereiro, pelo Carioca, disputado em Brasília, será precedido de evento de lançamento do uniforme produzido pela Dryworld
Há uma data prevista para a estreia do novo uniforme do
Fluminense: 21 de fevereiro. O dia marca o clássico contra o Flamengo, em
Brasília, pelo Campeonato Carioca. Até lá, a Dryworld, nova fornecedora de
material esportivo, realizará um evento para o lançamento da coleção. A versão
2016 da roupa não terá grande mudança de preço na comparação com a época da
Adidas, antiga parceira do clube.
Em 2015, a camisa tricolor começou a ser comercializada por R$
199,90. A verde, terceiro uniforme, novidade de então, saia por R$ 219,00. Não
aumentar o preço significativamente foi uma bandeira da troca de fornecedor. O
entendimento é que se vende é a Marca Fluminense e, não, a de quem produz o material.
Ainda não há uma data e nem local divulgados do evento de
lançamento. A ideia é de que seja na semana do clássico. Enquanto não tem a
nova roupa, o Flu treina e atua com os uniformes da Adidas. Foi assim na
pré-temporada nos Estados Unidos, tem sido assim nos trabalhos nas Laranjeiras
e nos jogos da Primeira Liga e do Carioca. O calendário prevê mais dois
compromissos: Madureira (10/02) e Tigres (14/02).
A Dryworld pagará R$ 13,5 milhões de verba fixa por ano ao
Flu em um contrato de cinco temporadas - no total, com peças e royalties, o
acordo ultrapassa a casa dos R$ 20 milhões anuais. O acordo com a Adidas,
iniciado em 1996, rendia R$ 4,5 milhões em dinheiro a cada 12 meses. Em
compensação, a empresa alemã despendia de mais valores do que o oferecido pela
canadense em royalties por vendas e premiações por desempenho esportivo.
Algumas horas antes de
2015 terminar, o Fluminense surpreendeu o mundo do futebol ao anunciar
que havia trocado a Adidas pela marca canadense Dry World, desconhecida
até então para a grande maioria dos amantes do futebol. A pequena
empresa criada em 2010 deve revelar os uniformes do Fluminense para 2016
nas próximas semanas.
LOJA GUIA DO BOLEIRO: gb lança loja com camisetas exclusivas e temáticas
Enquanto a torcida das Laranjeiras espera ansiosa pelas novas camisas
feitas pela Dry World, o designer Lucas Amarante traz algumas ideias de
como poderiam ser esses uniformes. O ilustrador enviou seu trabalho ao
Guia do Boleiro e falou um pouco sobre sua profissão e sua vida pessoal
(veja íntegra abaixo).
Foram criados quatro tipos de uniformes do Fluminense com assinatura da
Dry World: titular, reserva, terceiro e um retrô. Todas as camisas
carregam corte e detalhes elegantes e clássicos e respeitam as cores
tradicionais do time carioca. Até o uniforme retrô se enquadra no
histórico do Flu ao misturar detalhes laranjas (cor bastante utilizada
nos últimos kits) com uma cor neutra como o cinza.
> Goiás assina com Dry World, e Kappa se revolta com “traição”
Além disso, os uniformes trazem uma leitura bem clean, limpa; e isso
seria um deleite para os torcedores tricolores: roupas sem a presença
(colorida ou não) de patrocinadores. Outros detalhes bem bacanas dos
quatro kits feitos por Lucas Amarante são os números dispostos na
lateral das mangas e o F.F.C. bem discreto na parte de baixo do meião.
Em resumo, os uniformes são elegantes, limpos e alinhados com a história
do Flu. Os torcedores tricolores iriam gostar muito se a Dry World
seguisse algumas características destas ideias.
“O design no futebol brasileiro é algo muito novo, aqui os torcedores
prezam pela tradição e manutenção, há algumas dificuldades sejam elas
pelas diretorias ou pelos torcedores. Mas acho interessante o PSG
atualizar sua marca para ela ser melhor vista por todos... e acho que
devemos aprender mais sobre Rebranding com a NFL e NBA, os times estão
sempre se renovando na estética dos emblemas e uniformes, há uma
liberdade criativa maior”, avaliou o designer Lucas Amarante.
E você, leitor, o que achou do trabalho? Tem o seu para nos mostrar?
Envie em nosso contato pelas nossas redes sociais ou escreva para
contato@guiadoboleiro.com.br
Entrevista:
- Meu nome é Lucas Amarante, sou fluminense do Estado do Rio de Janeiro e
Fluminense como sócio-torcedor. Acabei de me formar em Design pela ESPM
Rio, trabalho atualmente como freelancer, principalmente na parte de
Branding.
- Meu sonho profissional é trabalhar na Alemanha, seja pela influência
da primeira escola de design, a Bauhaus, que tive o prazer de visitar
(hoje é um prédio que pertence ao Patrimônio Histórico da UNESCO) e a
inspiração pelo povo alemão em saber se reinventar. Mesmo perdendo 2
guerras mundiais e ter sido um país dividido por 2 ideologias
completamente diferentes, atualmente lidera a União Europeia, admite os
erros do passado e apoia causas como as dos refugiados, pensamento
oposto ao nazismo.
Meu sonho pessoal é conhecer o mundo inteiro, interagir com diferentes
povos e culturas, aprender mais sobre histórias que não foram contatas
na época da escola.
Eu curto muito a UEFA Champions League e pretendo em breve assistir à
final na arquibancada, presencialmente.
- Com a saída da Adidas como fornecedora do Fluminense e com a entrada
da DryWorld, precisava propor uniformes já que sou tricolor e designer.
Se o projeto chegar até os responsáveis da produção dos uniformes seria
muito interessante.
A camisa Home é a tricolor clássica, mas com listras verticais mais
largas, diferentes dos modelos dos anos anteriores que possuíam listras
mais finais.
A Away, branca padrão mas inovadora. Geralmente os detalhes verde e
grená são nas mangas, nas costelas ou listras mais grossas atravessando
na diagonal ou vertical ao centro, quis um pouco mais de sutileza, por
isso as listras finais na vertical e usando o escudo como centro de
apoio.
A Third possui o predomínio do grená, uma cor que poucos clubes utilizam
no futebol, talvez o mais próximo ao do Rio seja o Juventus-SP. As
terceiras camisas das cores grená tinham poucos ou quase nenhum verde
aparente e foram todas marcantes para o torcedor. Há um listra branca
fina na mesma posição da listra branca entre o verde e o grená na camisa
Away, digamos que essas cores se expandiram para os lados.
A numeração é baseada em alguns ídolos que eu vi jogar: o nº 7 é do
Renato Gaúcho ao fazer o gol de barriga; o nº 3 é do Thiago Silva, um
dos principais jogadores daquele time de guerreiros começou em 2007 com a
conquista da Copa do Brasil; e o nº 9 é do Fred, principal referência
do time atualmente, conquistou os Brasileirões de 2010 e 2012 e desde de
2009 dá o sangue e o amor ao clube, não se importando com problemas
extra campos nesse meio tempo.
- Acho impressionante os trabalhos manuais do David Smith, responsável
pela capa do LP do John Mayer 'Born & Raise'; curto muito a galera
do Criatipos, acho os infográficos do Pop Chart Lab incríveis e acho
inspirador a paixão do pessoal da Unique & Limited ao resgatar a
história usando o design como ferramenta.
A principal influenciadora desse projeto foi a Nerea Palacios (vi que
você já falou sobre ela), mas meus principais ídolos do design são Leo
Visconti (hoje falecido, mas que foi meu professor na ESPM e também
responsável pelo logotipo do Hemorio), Alexandre Stolarski (também
falecido, mas ícone do design brasileiro) e a dupla Stefan Sagmeister
& Jessica Walsh (pessoas que pensam fora da caixa ou sequer sabem
que existe uma caixa).
- O design no futebol brasileiro é algo muito novo, aqui os torcedores
prezam pela tradição e manutenção, há algumas dificuldades sejam elas
pelas diretorias ou pelos torcedores. Mas acho interessante o PSG
atualizar sua marca para ela ser melhor vista por todos; acho que o City
Group é corajoso ao ponto de criar franquias, como Manchester City, New
York City e Melbourne City, padronizando os escudos; e acho devemos
aprender mais sobre Rebranding com a NFL e NBA, os times estão sempre se
renovando na estética dos emblemas e uniformes, há uma liberdade
criativa maior.
- Sou um cara tranquilo que gosta do que faz e se aprofunda o máximo que
pode no projeto em que está trabalhando.
Leia mais em Guia do Boleiro - http://www.guiadoboleiro.com.br/noticia/2016/01/05/camisas-fluminense-dry-world-ideias-design-2016-4660.html
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Algumas horas antes de
2015 terminar, o Fluminense surpreendeu o mundo do futebol ao anunciar
que havia trocado a Adidas pela marca canadense Dry World, desconhecida
até então para a grande maioria dos amantes do futebol. A pequena
empresa criada em 2010 deve revelar os uniformes do Fluminense para 2016
nas próximas semanas.
LOJA GUIA DO BOLEIRO: gb lança loja com camisetas exclusivas e temáticas
Enquanto a torcida das Laranjeiras espera ansiosa pelas novas camisas
feitas pela Dry World, o designer Lucas Amarante traz algumas ideias de
como poderiam ser esses uniformes. O ilustrador enviou seu trabalho ao
Guia do Boleiro e falou um pouco sobre sua profissão e sua vida pessoal
(veja íntegra abaixo).
Foram criados quatro tipos de uniformes do Fluminense com assinatura da
Dry World: titular, reserva, terceiro e um retrô. Todas as camisas
carregam corte e detalhes elegantes e clássicos e respeitam as cores
tradicionais do time carioca. Até o uniforme retrô se enquadra no
histórico do Flu ao misturar detalhes laranjas (cor bastante utilizada
nos últimos kits) com uma cor neutra como o cinza.
> Goiás assina com Dry World, e Kappa se revolta com “traição”
Além disso, os uniformes trazem uma leitura bem clean, limpa; e isso
seria um deleite para os torcedores tricolores: roupas sem a presença
(colorida ou não) de patrocinadores. Outros detalhes bem bacanas dos
quatro kits feitos por Lucas Amarante são os números dispostos na
lateral das mangas e o F.F.C. bem discreto na parte de baixo do meião.
Em resumo, os uniformes são elegantes, limpos e alinhados com a história
do Flu. Os torcedores tricolores iriam gostar muito se a Dry World
seguisse algumas características destas ideias.
“O design no futebol brasileiro é algo muito novo, aqui os torcedores
prezam pela tradição e manutenção, há algumas dificuldades sejam elas
pelas diretorias ou pelos torcedores. Mas acho interessante o PSG
atualizar sua marca para ela ser melhor vista por todos... e acho que
devemos aprender mais sobre Rebranding com a NFL e NBA, os times estão
sempre se renovando na estética dos emblemas e uniformes, há uma
liberdade criativa maior”, avaliou o designer Lucas Amarante.
E você, leitor, o que achou do trabalho? Tem o seu para nos mostrar?
Envie em nosso contato pelas nossas redes sociais ou escreva para
contato@guiadoboleiro.com.br
Entrevista:
- Meu nome é Lucas Amarante, sou fluminense do Estado do Rio de Janeiro e
Fluminense como sócio-torcedor. Acabei de me formar em Design pela ESPM
Rio, trabalho atualmente como freelancer, principalmente na parte de
Branding.
- Meu sonho profissional é trabalhar na Alemanha, seja pela influência
da primeira escola de design, a Bauhaus, que tive o prazer de visitar
(hoje é um prédio que pertence ao Patrimônio Histórico da UNESCO) e a
inspiração pelo povo alemão em saber se reinventar. Mesmo perdendo 2
guerras mundiais e ter sido um país dividido por 2 ideologias
completamente diferentes, atualmente lidera a União Europeia, admite os
erros do passado e apoia causas como as dos refugiados, pensamento
oposto ao nazismo.
Meu sonho pessoal é conhecer o mundo inteiro, interagir com diferentes
povos e culturas, aprender mais sobre histórias que não foram contatas
na época da escola.
Eu curto muito a UEFA Champions League e pretendo em breve assistir à
final na arquibancada, presencialmente.
- Com a saída da Adidas como fornecedora do Fluminense e com a entrada
da DryWorld, precisava propor uniformes já que sou tricolor e designer.
Se o projeto chegar até os responsáveis da produção dos uniformes seria
muito interessante.
A camisa Home é a tricolor clássica, mas com listras verticais mais
largas, diferentes dos modelos dos anos anteriores que possuíam listras
mais finais.
A Away, branca padrão mas inovadora. Geralmente os detalhes verde e
grená são nas mangas, nas costelas ou listras mais grossas atravessando
na diagonal ou vertical ao centro, quis um pouco mais de sutileza, por
isso as listras finais na vertical e usando o escudo como centro de
apoio.
A Third possui o predomínio do grená, uma cor que poucos clubes utilizam
no futebol, talvez o mais próximo ao do Rio seja o Juventus-SP. As
terceiras camisas das cores grená tinham poucos ou quase nenhum verde
aparente e foram todas marcantes para o torcedor. Há um listra branca
fina na mesma posição da listra branca entre o verde e o grená na camisa
Away, digamos que essas cores se expandiram para os lados.
A numeração é baseada em alguns ídolos que eu vi jogar: o nº 7 é do
Renato Gaúcho ao fazer o gol de barriga; o nº 3 é do Thiago Silva, um
dos principais jogadores daquele time de guerreiros começou em 2007 com a
conquista da Copa do Brasil; e o nº 9 é do Fred, principal referência
do time atualmente, conquistou os Brasileirões de 2010 e 2012 e desde de
2009 dá o sangue e o amor ao clube, não se importando com problemas
extra campos nesse meio tempo.
- Acho impressionante os trabalhos manuais do David Smith, responsável
pela capa do LP do John Mayer 'Born & Raise'; curto muito a galera
do Criatipos, acho os infográficos do Pop Chart Lab incríveis e acho
inspirador a paixão do pessoal da Unique & Limited ao resgatar a
história usando o design como ferramenta.
A principal influenciadora desse projeto foi a Nerea Palacios (vi que
você já falou sobre ela), mas meus principais ídolos do design são Leo
Visconti (hoje falecido, mas que foi meu professor na ESPM e também
responsável pelo logotipo do Hemorio), Alexandre Stolarski (também
falecido, mas ícone do design brasileiro) e a dupla Stefan Sagmeister
& Jessica Walsh (pessoas que pensam fora da caixa ou sequer sabem
que existe uma caixa).
- O design no futebol brasileiro é algo muito novo, aqui os torcedores
prezam pela tradição e manutenção, há algumas dificuldades sejam elas
pelas diretorias ou pelos torcedores. Mas acho interessante o PSG
atualizar sua marca para ela ser melhor vista por todos; acho que o City
Group é corajoso ao ponto de criar franquias, como Manchester City, New
York City e Melbourne City, padronizando os escudos; e acho devemos
aprender mais sobre Rebranding com a NFL e NBA, os times estão sempre se
renovando na estética dos emblemas e uniformes, há uma liberdade
criativa maior.
- Sou um cara tranquilo que gosta do que faz e se aprofunda o máximo que
pode no projeto em que está trabalhando.
Leia mais em Guia do Boleiro - http://www.guiadoboleiro.com.br/noticia/2016/01/05/camisas-fluminense-dry-world-ideias-design-2016-4660.html
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