Seleção brasileira oscila a partir do segundo set, vê anfitriões crescerem na partida e evitarem o quarto título seguido do time comandado por Bernardinho no Mundial

Até então, o último título conquistado pelo país no Mundial havia sido em 1974. Eles tiveram nova chance em 2006, mas foram derrubados exatamente pelos brasileiros. A espera foi longa, mas o gosto de erguer um troféu diante de 12.528 torcedores apaixonados, em Katowice, compensou. O maior pontuador da decisão foi Mika Mateusz, com 22 acertos.

O Brasil entrava em quadra com o uniforme azul, escolhido a dedo por estar invicto no Mundial. Não dava tempo para que os donos da casa respirassem. O bloqueio estava atento, a defesa também. Lá na frente, Lucarelli se livrava da marcação e virava as bolas (13/8). O primeiro sinal de tentativa de aproximação fazia Bernardinho parar o jogo. Wlazly havia conseguido um ace e diminuído a vantagem para três pontos. Murilo respondia (14/10). Lucão silenciava a torcida ao subir sozinho e parar o ataque polonês (16/11).

Os comandados de Stephane Antiga sentiam a pressão. Wazly, o maior pontuador do campeonato, via seu ataque não passar para o outro lado da rede (18/11). Era a hora de tirar Kubiak - o jogador de estilo provocador que irritou os brasileiros no confronto da terceira fase - do banco de reservas. E Vissotto dava as boas-vindas com uma cortada sem defesa, bem em cima dele. A situação não mudava. Os tricampeões davam as cartas e contavam com um saque para fora de Winiarski para fazer 1 a 0: 25/18.
Após a respirada no intervalo, a Polônia abria 4/1, tirando proveito das falhas em sequência do Brasil. A equipe voltaria aos trilhos depois de um ponto marcado por uma bonita defesa de Bruninho e finalização de Murilo. O capitão apontava para os companheiros que estavam na lateral da quadra. Não demorava para o empate chegar (7/7). Os anfitriões resistiam e retomavam o comando. Mika brilhava e aumentava sua pontuação de dois para 12 acertos (17/11). O serviço de Bruninho fazia estragos e levava preocupação a Antiga (17/14). Quando olhava de novo para o placar a vantagem havia sido se perdido (17/17). A seleção voltava a oscilar. Duas falhas seguidas de Lucarelli, uma no bloqueio e outra no ataque, renovavam o fôlego polonês (22/20). Sidão sacava longe da linha e dava o set point para os anfitriões, que mataram o ponto: 25/22.

No intervalo, Sidão chamava o time: "Vamos ganhar isso!". A seleção lutava. O problema é que do outro lado havia um time bom de briga e que pecava menos. Bruninho reclamava de uma marcação da arbitragem e levava o cartão amarelo, que vinha acompanhado de vaias (15/13). Um bloqueio de Lucão colocava o Brasil na frente (17/16). Lipe ia para o saque e via Lucão frear a Polônia de novo. Lucarelli também dava a sua contribuição explorando os dedos do bloqueio dos rivais (20/17). Na sequência, a pancada de Lipe passou da quadra. Os poloneses encostavam (20/19). Por sorte, Mika também cometia falhas. Um passe ruim e um ataque de Winiarski, uma invasão por baixo de Lucarelli e lá estavam os anfitriões na frente: 22/21. O Brasil se perdia e dava adeus ao sonho do quarto título seguido. O dono daquele pedaço era a Polônia.

Nenhum comentário:
Postar um comentário