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domingo, 2 de outubro de 2011

HISTÓRIA DE VIDA.


02/10/2011 10h24 - Atualizado em 02/10/2011 11h11

Após quase perder braço na infância, Fagner chega aos 100 jogos no Vasco

Lateral comemora marca alcançada na vitória sobre o Cruzeiro, revela ainda ter sequelas do acidente que sofreu na infância e cita Beckham como seu ídolo

Por GLOBOESPORTE.COMRio de Janeiro
Titular absoluto e vivendo boa fase, Fagner celebrou sua primeira centena de jogos pelo Vasco no 3 a 0 sobre o Cruzeiro, pela 26ª rodada do Brasileirão. O jogador ganha a vida com os pés, mas os braços é que contam melhor a sua história. Além das várias tatuagens, um drama vivido quando tinha apenas 6 anos. Enquanto brincava com o irmão e um amigo na portaria do prédio em que morava, em São Paulo, se cortou gravemente numa porta de vidro e teve que ser operado às pressas, correndo risco de amputação e de morte.
Revelado pelo Corinthians, onde jogou desde as categorias de base e iniciou a carreira como profissional, Fagner foi vendido para o PSV, da Holanda, quando tinha apenas 17 anos. Na Europa, as dificuldades de adaptação, problemas com o técnico e falta de oportunidades para jogar fizeram o jogador voltar ao Brasil para defender o Vasco na Série B, em 2009.
- Eu ligava para a minha namorada e para o meu pai, dizendo que queria voltar. Quando acertamos e rescisão, já tinha encerrado a janela de transferência, e larguei tudo lá. Morava numa casa alugada, e deixei todos os móveis por lá - contou o jogador.
Fagner Vasco x Bahia (Foto: FOTOCOM)Em alta na Colina, lateral Fagner em campo pelo Vasco contra o Bahia (Foto: FOTOCOM)
Acidente na infância
Numa brincadeira entre crianças, no condomínio onde morava com os pais e o irmão, quase um destino trágico. Um corte gravíssimo no braço esquerdo, vários ligamentos rompidos e o risco de amputação. Além disso, segundo informações dos médicos na época, se tivesse demorado mais um pouco até chegar ao hospital, poderia ter morrido, já que perdeu muito sangue.
fagner  vasco   (Foto: Reprodução/TV Globo)Fagner durante entrevista (Foto: Reprodução/TV Globo)
Durante a recuperação, Fagner percebeu que seu braço começou a encolher. Com isso, descobriu que na cirurgia feita às pressas, os ligamentos não foram reconstituídos corretamente, e teve que passar por mais uma operação. Mais seis meses se recuperando, e enquanto não ficava bom, o garoto até aprendeu a jogar videogame com os pés.
- Para uma criança de 6 anos, ver seus amigos e irmão jogando e não poder jogar é difícil, né? Então criei um jeitinho ali, jogava com o pé, e ficava apoiado na cama - contou o jogador.
O pai e o irmão do jogador, Calixto e Fabio, respsctivamente, voltaram ao local do acidente e se emocionaram ao lembrar do episódio, que poderia ter terminado com um final trágico.
No dia a dia, o lateral conta que as pessoas não percebem, mas ele não consegue fechar a mão esquerda muito bem, e também não tem muita força nos dedos.
- Quando estou na academia, e preciso levantar peso, falta força no finalzinho. Às vezes estou apoiado na mão, e não consigo mexer os dedos também. Hoje nem sei se tem como resolver isso. Se tiver, mais pra frente a gente dá um jeito - revelou Fagner.
Tatuagens e ídolo
Com os dois braços "fechados" por tatuagens, o jogador se inspira no inglês David Beckham tanto nos desenhos da pele, quanto nos gramados. O primeiro desenho na pele seria para cobrir a cicatriz do braço esquerdo, mas faltou coragem ao jogador.
- Eu sempre gostei do Beckham, não só como jogador, mas também pelas tatuagens. Quando comecei a fazer, decidi "fechar" o braço, e ainda tenho vontade de fazer mais. A intenção era até cobrir a cicatriz, mas na hora deu aquele medo, um friozinho na barriga. Aí resolvi deixar esse espacinho, que está até hoje reservado - disse.
Fagner também usa a camisa número 23, a mesma do inglês Beckham, que atualmente joga no Los Angeles Galaxy. Mas brinca que as semelhanças com o craque acabam por aí:
- Ser bonito igual a ele não dá. Assim já dá umas brigas em casa, imagina se fosse como ele - finalizou o jogador.
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