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quarta-feira, 19 de outubro de 2011

MINISTRO DO ESPORTE ESTÁ ENROLADO!


Ministro do Esporte quer 'encerrar 

explicações' esta semana

Orlando Silva disse ainda que querem tírá-lo do cargo "no grito"

O ministro do Esporte, Orlando Silva, disse que planeja encerrar esta semana as explicações acerca das denúncias contra ele publicadas no fim de semana pela revista Veja. A publicação trouxe reportagem em que o policial militar de Brasília João Dias acusa o ministro de ser mentor e beneficiário de um suposto esquema de desvio de recursos públicos. Segundo o PM, o dinheiro sairia de propinas para contratação de convênios para o programa Segundo Tempo, que estimula a prática desportiva de crianças carentes. Um atual funcionário de Dias, Célio Soares Pereira, também teria participado do esquema e afirmou à revista ter entregado dinheiro em mãos do ministro.
Orlando Silva participa esta tarde de audiência pública em sessão conjunta de duas comissões do Senado - na terça, ele esteve em comissões da Câmara dos Deputados e, na segunda (assim como no sábado, quando foi publicada a denúncia), deu entrevista coletiva. Em todos os momentos, manteve o discurso: negou as acusações, diz que vai processar os denunciantes e que a denúncia foi uma reação ao fato do ministério ter pedido a devolução de recursos utilizados de forma irregular em convênios com entidades de João Dias. Agora, o ministro disse que participará ainda essa semana de reunião com a Comissão de Ética Pública da Presidência da República, e que com isso deve concluir suas explicações sobre o tema.
O ministro também informou que a Advocacia-Geral da União vai prestar uma queixa-crime contra os denunciantes. A AGU é o órgão governamental responsável por representar a União em questões jurídicas e, normalmente, tem no máximo atuação consultiva, assessorando integrantes do governo. Essa assessoria, no entanto, é geralmente relacionada a aspectos administrativos, relacionados a políticas públicas ou elaboração de leis.
- Até a próxima sexta-feira espero ter essa reunião com a Comissão. Com isso vou encerrar nesta semana todas as explicações necessárias para desmascarar as farsas publicadas por essa revista na última semana. Tenho uma agenda de trabalho e já consumi tempo em demasia para contestar.
Como em outros momentos, Orlando Silva voltou a acusar o policial, e pedir provas das acusações. Para ele, os críticos querem retirá-lo do cargo "no grito".
- O que sinto hoje é viver um linchamento público. O que se pretende é tirar um ministro de Estado do governo no grito. O processo tem que ser sumário. Lembremo-nos dos tempos de exceção, dos tempos sombrios, dos processos sumários. A minha revolta é porque é inaceitável compactuar com a acusação sem provas. Já se foram cinco dias, e pergunto: onde estão as provas do que me acusam? Tenho orgulho de ter uma trajetória ilibada. Imagine o que significa uma acusação como essa, sem fundamento, para mim, para minha mulher, para minha mãe, para minha filha? Uma acusação dessa gravidade, com uma foto e sem nenhuma prova?
O ministro também falou sobre outros fatos publicados recentemente, como o fato de ter comprado à vista um terreno no valor de R$ 370 mil em São Paulo. Ele alegou que o terreno foi comprado com todos os recursos que possuía na poupança, e sugeriu a comparação com o patrimônio de Dias, que seria muito superior ao dele.
Oposição
A oposição compareceu em menor número do que na Câmara, mas o líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR), foi duro. O senador contestou a desqualificação feita do policial, que já foi preso pelos desvios encontrados nos convênios. Segundo o senador, "a desqualificação do denunciante favorece a desonestidade". Ele ainda deu detalhes sobre irregularidades de convênios do programa Segundo Tempo, inclusive apresentando documentos que comprovariam os problemas. O líder citou, por exemplo, um convênio realizado no interior de São Paulo com uma ONG comandada por uma integrante do PC do B. Para ele, o programa beneficia entidades ligadas ao ministro e ao partido dele.
- É visível o favorecimento na celebração desses convênios, já que as ONGs ligadas ao ministro e ao ex-ministro são favorecidas. Isso está provado e comprovado, materialmente.
Orlando Silva disse não ter de memória informações mais profundas sobre a maioria dos convênios citados pelo senador, mas reafirmou já ter ordenado a auditoria do convênio especificamente detalhado pelo líder. Já o senador Inácio Arruda (PC do B-CE) defendeu a ONG, afirmando que ela atua em conjunto com 18 prefeituras, inclusive comandadas por partidos da oposição.
Já o senador Mário Couto (PSDB-PA) defendeu a publicação da reportagem, criticada por senadores do partido do ministro, e pediu que o ministro apoiasse a criação de uma CPI para investigar o episódio.
- Aqui no senado, nós só conseguimos investigar alguém se o governo quiser. Faça isso, mostre que Vossa Excelência não deve nada, peça ao presidente do Senado Federal que abra uma CPI para investigar essa questão.
O ministro negou a proposta, alegando que não cabe a um integrante do Poder Executivo interferir em temas do Congresso.
FONTE: GLOBOESPORTE.COM

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