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quarta-feira, 19 de outubro de 2011


Sem ministro à frente, Lei Geral

 deve atrasar, e caso irrita ainda 

mais a Fifa

Entidade espera resolução do impasse até o fim do ano. Presidente Dilma Rousseff controlará assunto até o fim das investigações a Orlando Silva

Por GLOBOESPORTE.COMZurique, Suíça
Na avaliação da Fifa, a Lei Geral da Copa (conjunto de medidas definidas pelo governo brasileiro, em setembro) precisa ser revista e aprovada o quanto antes. Por isso, todas as ações para agilizar sua tramitação e tornar as exigências da entidade mais amenas vêm sendo tomadas. O baque das denúncias do ministro do Esporte, Orlando Silva, porém, deve atrasar os trabalhos e causa incômodo. Assim, em Brasília, como publica a coluna de Ancelmo Gois, do jornal "O Globo", já se confirma que a presidente Dilma Rousseff, insatisfeita, tomou as rédeas e centralizará o assunto junto com a chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann.
Dilma Rousseff mascote mundial paralímpico de atletismo  (Foto: EFE)Com Orlando Silva ao fundo, Dilma discursa com mascote mundial paralímpico de atletismo (Foto: EFE)
A comissão criada para análise e ajuste do regimento, que teria até o fim do ano para chegar a um acordo com o órgão comandado por Joseph Blatter, admite que sem Silva, principal coordenador do Mundial 2014 no país, as ações estão meio paradas, e as reuniões, esvaziadas, de olho nas investigações ao suposto escândalo, que correm no plenário.
A Fifa não aceita, por exemplo, que tantos ingressos possam sair pela metade do valor, como prevê o Estatuto do Torcedor, quer liberar a comercialização das bebidas alcoólicas nos estádios e exige que haja mais firmeza no combate à pirataria e ao "marketing de emboscada" - denominação a acordos paralelos com patrocinadores concorrentes aos oficiais.
Em Zurique, na Suíça, onde a cúpula da entidade máxima do futebol se reúne, em especial, para anunciar detalhes de calendários da Copa 2014, em cerimônia na quinta-feira, os dirigentes não acompanham de perto o desenrolar da crise envolvendo o ministro. Mas sabe-se que não há grande simpatia pelo político, e sim muito desgaste, e ninguém ficaria triste com a queda dele do cargo. A única preocupação é com o retrocesso de alguns dos preparativos.
jerome valcke blatter evento fifa (Foto: Márcio Iannacca/Globoesporte.com)Valcke e Blatter em evento da Fifa: preocupação e
críticas (Foto: Márcio Iannacca/Globoesporte.com)
Vale lembrar que, nos últimos dias, a Rússia, que sediará a competição em 2018, já alinhou sua legislação com a da Fifa e recebeu elogios do secretário-geral, Jérome Valcke, pela ausência de conflito. Há políticos brasileiros, mais "liberais", que defendam que o governo assinou um contrato ao ser escolhido para receber a Copa do Mundo e deve se submeter à entidade sem exagerar no patriotismo, suspendendo, assim, algumas leis atuais.
Na última terça-feira, finalmente a tabela geral foi aprovada pelo COL (Comitê Organizador Local) e à Fifa, definindo onde cada um dos futuros classificados atuará, além de definir, de vez, a abertura e a final. Foram 57 versões até que se chegasse a que mais agradou. A Seleção Brasileira jogará em São Paulo e, provavelmente, em Fortaleza e Brasília.
FONTE: GLOBOESPORTE.COM

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