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terça-feira, 31 de maio de 2016

Petrobras vai ter que pagar ao MA compensação ambiental de refinaria

Condenação da Petrobras na Justiça maranhense totaliza R$ 53,7 milhões.
Projeto de construção da Refinaria Premium 1 foi lançado em 2010.

Do G1 MA
Projeto da Refinaria Premium 1 foi cancelado em 2015 (Foto: Douglas Jr./O Estado/Arquivo)Projeto da Refinaria Premium 1 foi cancelado em 2015 (Foto: Douglas Jr./O Estado/Arquivo)
A Justiça determinou nesta segunda-feira (30) que a Petrobras pague, em um prazo de 15 dias, ao Maranhão as parcelas restantes referentes à compensação ambiental da construção da Refinaria Premium 1, em Bacabeira (MA). A condenação da Petrobras totaliza R$ 53,7 milhões. A decisão visa reverter impactos ambientais já produzidos pela instalação interrompida da refinaria no Maranhão.
 
A decisão é resultado de uma ação civil pública proposta pela Procuradoria Geral do Estado (PGE), e o pedido foi deferido pela Vara de Interesses Difusos e Coletivos de São Luís (MA). Segundo o procurador-geral do Estado, Rodrigo Maia, a suspensão da instalação do empreendimento não justifica a interrupção do pagamento da compensação ambiental. “Essa decisão é de grande relevância, primeiro, para o Estado, e também para o meio ambiente. O objetivo é tentar balancear e minorar os impactos ambientais causados com a instalação da refinaria. E, comprovadamente, houve danos ambientais decorrentes da terraplanagem”, defende.
Construção da refinaria de Bacabeira (MA) foi iniciada em 2010 (Foto: Flora Dolores/O Estado/Arquivo)Construção da refinaria de Bacabeira foi iniciada
em 2010 (Foto: Flora Dolores/O Estado/Arquivo)
O projeto de construção da Refinaria Premium 1 foi lançado em 2010. À época, a Petrobras e o governo do Maranhão assinaram um termo de compromisso com a finalidade de compensar os impactos ambientais, cujo valor seria investido em unidades de conservação. Só que em janeiro de 2015, a empresa decidiu unilateralmente pela interrupção do projeto e suspendeu os pagamentos da compensação. O governo ainda tentou administrativamente retomar o pagamento, sem êxito.
Com a decisão judicial, outras duas parcelas que estão em atraso devem ser pagas em 15 dias, a contar da data de intimação; e as cinco últimas serão pagas conforme o prazo acordado no termo de compromisso entre Estado e Petrobras.

TRAGÉDIA: MORRE SERTANEJO EX-PARTICIPANTE DO "THE VOICE BRASIL"

'Estava no melhor momento da vida dele', diz pai do cantor Renan Ribeiro

Corpo do sertanejo, que era filho único, foi enterrado em Conchal (SP).
Renan morreu em um acidente em Mogi Mirim, na noite de domingo (29).

Do G1 São Carlos e AraraquaraEdson Panseri, pai do cantor Renan Ribeiro (Foto: Reprodução/ EPTV)Edson Panseri, pai do cantor Renan Ribeiro, lamenta a morte em velório (Foto: Reprodução/ EPTV)
'Estava no melhor momento da vida dele e acontece uma tragédia dessa'. O desabafo é de Edson Panseri, pai do cantor Renan Ribeiro, ex-participante do The Voice Brasil, de 26 anos, que morreu após um acidente em Mogi Mirim (SP) na noite de domingo (29). O corpo do sertanejo, que era filho único, foi enterrado no Cemitério Municipal de Conchal (SP), nesta segunda-feira (30).
Durante o velório, Panseri falou do choque da morte repentina do filho, em entrevista à EPTV, afiliada da TV Globo. "O Renan era o melhor filho do mundo. Tive sorte dele ser bom, obediente e bondoso. Filho, parceiro, companheiro. Um filho é tudo o que um pai tem na vida e ele era tudo. A gente sente muito. Ele começou aos 8 anos e se espalhava muito no Cristiano Araújo, tinha medo que acontecesse algo com ele, como aconteceu com Cristiano", lembrou emocionado.
Cantor Renan Ribeiro  (Foto: Fabio Rodrigues/ G1)Cantor Renan Ribeiro morreu em acidente de carro no domingo em Mogi Mirim (Foto: Fabio Rodrigues/ G1)
Velório e enterro
O corpo do cantor Renan Ribeiro chegou ao Velório Municipal de Conchal (SP) na tarde desta segunda-feira (30), por volta das 14h40 e o velório foi aberto ao público às 15h15. O enterro estava previsto para às 17h, no Cemitério Municipal, mas atrasou 40 minutos por conta da chuva e da grande quantidade de pessoas que queriam se despedir do cantor.
Cerca de 2 mil pessoas, entre parentes, amigos e fãs se reuniram no local para acompanhar a cerimônia, segundo a Guarda Municipal. Veja galeria de fotos do velório e do enterro.
Durante o enterro, a música "Estrada da Vida" de Milionário e José Rico foi cantada pelos presentes, que encerraram o sepultamento com aplausos. (Confira o vídeo acima).
A Prefeitura de Conchal decretou luto oficial nesta segunda-feira pela morte do cantor. Uma faixa da Rua do Cemitério foi fechada e a Guarda Civil orienta o trânsito no local.
Cantor Renan Ribeiro é velado em Conchal  (Foto: Fabio Rodrigues/ G1)Cantor Renan Ribeiro é velado em Conchal (Foto: Fabio Rodrigues/ G1)
Parentes, amigos e fãs aguardam enterro de Renan Ribeiro  (Foto: G1/Luciano Calafiori)Parentes, amigos e fãs aguardam enterro de Renan Ribeiro (Foto: G1/Luciano Calafiori)
'Choque muito grande'
O empresário e amigo de infância do cantor, Ênio Roberto Silvério, falou ao G1 sobre a perda de Renan. "Um choque muito grande não só para a gente que trabalhava com ele diariamente, mas para toda a família. Uma vida toda pela frente, estava trabalhando muito, estava curtindo essa fama que estava iniciando", lamentou.
Segundo o empresário, com o aumento do número de shows e distâncias de viagens, foi contratado o assessor André para acompanhá-lo. "A gente vinha tomando todos os cuidados possíveis para que ele não pudesse dirigir cansado. Ontem, por uma fatalidade, o assessor não pode acompanhar porque a filha dele estava com febre, e ele resolveu ir sozinho, até sem me avisar, porque eu não teria concordado em ele ir sozinho", disse. No dia 3 e 4 de junho, Renan se apresentaria com MC Guimê, em Conchal. "Acredito que os produtores devem pensar em alguma homenagem nesse dia", concluiu Silvério.

Zigue-zague
Antes do acidente, o cantor dirigia em zigue-zague, segundo o motorista da carreta que atingiu o carro. Fotos feitas na delegacia mostram o interior do veículo do cantor, que ficou destruído. A perícia ainda vai confirmar a versão do motorista e o que pode ter causado o acidente.
Renan Ribeiro no palco do programa 'The Voice Brasil' (Foto: Globo/Divulgação)Renan Ribeiro no palco do programa 'The
Voice Brasil' (Foto: Globo/Divulgação)
O cantor lançaria nesta segunda (30) uma nova versão da música “Gatinha Manhosa”, sucesso de Erasmo Carlos na voz de Leo Jaime nos anos 80. A música era aposta do sertanejo para o ano. Ele participou da última etapa do programa “The Voice Brasil”, da TV Globo.
Motorista detalha acidente
Em entrevista ao G1, o motorista da carreta, que não quis se identificar, contou que o carro do cantor vinha na contramão, na Rodovia João Tozella (SP-147), e que piscou diversas vezes com o farol alto.
"Eu estava descendo a rodovia, aí ele veio na contramão, fazendo zigue-zague na pista, trocando de faixa. Aí de repente ele ficou de frente com a carreta. Quando eu vi que ele estava se aproximando muito rápido, tentei desviar, aí pegou na lateral", conta.
Renan Ribeiro também tentou desviar do acidente e saiu para o mesmo lado do acostamento que o motorista da carreta, o que causou a batida.
O motorista afirmou ainda que trabalha há 32 anos na área e que ainda não havia se envolvido em um acidente desse tipo. "Nunca aconteceu algo assim. A gente fica chateado, eu vi a mãe dele chegar. Apesar de a gente não ter culpa, choca muito, eu também sou pai", lamenta.
Carro do cantor Renan Ribeiro após o acidente em estrada (Foto: G1/Luciano Calafiori)Carro do cantor Renan Ribeiro após o acidente em estrada (Foto: G1/Luciano Calafiori)
Carreta que colidiu de frente com o carro do cantor Renan Ribeiro (Foto: Reprodução EPTV)Carreta que colidiu de frente com o carro do cantor Renan Ribeiro (Foto: Reprodução/EPTV)
Despedida
O produtor e amigo do cantor, André Ricardo Nantes, disse que Renan, que era fã de Cristiano Araújo, "não queria acabar como o ídolo".
No Instagram oficial de Renan, a última postagem é um vídeo com um trecho do show realizado pelo cantor na sexta-feira (27), em Leme (SP). Na postagem, ele agradece ao público pelo carinho em seu último show: "Obrigado a toda galera que compareceu no #sinhôbarriga em Leme-SP vibe top demais!!"
Última postagem do cantorRenan Ribeiro  é trecho de show em Leme (Foto: Reprodução/Instagram)Última postagem do cantor Renan Ribeiro é foto de um show em Leme (Foto: Reprodução/Instagram)
No Instagram do fã clube "Teu Sorriso Renan Ribeiro", foram postadas fotos em homenagem ao cantor. Nas mensagens, as fãs lamentam o acidente e dizem não acreditar na morte de Renan.
Logo cedo, artistas lamentaram a morte do cantor. Em uma de suas postagens na internet,  César Menotti pediu conforto à família do jovem: "Meu Deus, nem dá pra acreditar. Que Deus conforte a família do Renan Ribeiro, esse irmão de estrada que infelizmente perdeu a vida em um acidente de carro. #renanribeiro"
Confira aqui fotos da participação do cantor no The Voice Brasil. Ele era da equipe de Michel Teló.
Carreira
Natural de Araras, Renan Ribeiro morava com a família em Conchal, onde começou a cantar ainda criança, aos oito anos. Nessa época, ele cantava com o pai na dupla Edy e Renan e, após 12 anos, lançou a carreira solo.
O cantor Renan Ribeiro (Foto: Reprodução/ EPTV)O cantor Renan Ribeiro começou a cantar aos
8 anos (Foto: Reprodução/ EPTV)
Em 2015, o estudante de administração participou do 'The Voice Brasil' e, em sua primeira apresentação, foi a sensação da noite, conseguindo a atenção dos quatro jurados.
Integrante da equipe de Michel Teló, ele permaneceu no programa até a semifinal e, durante a competição, deu entrevistas ao G1 sobre sua história e o amor pela música. “Nunca se sabe o que vai acontecer, nós precisamos trabalhar e dar o nosso melhor da gente no programa, na música e na vida inteira”, disse ele.
Com grandes parcerias no currículo, o músico já tinha dois CDs gravados e estava com uma turnê marcada para o Nordeste, onde se apresentaria no começo de novembro.
Carro do cantor Renan Ribeiro após o acidente em estrada (Foto: G1/Luciano Calafiori)Carro do cantor Renan Ribeiro após o acidente em estrada (Foto: G1/Luciano Calafiori)

segunda-feira, 30 de maio de 2016

"Splash Brothers" consolidam virada, e Warriors buscam dinastia na NBA

Stephen Curry e Klay Thompson lideram o time na vitória por 96 a 88 sobre o Oklahoma City Thunder, fecham a série e vão encarar os Cavaliers de LeBron na decisão

Por Oakland, EUA
O jogo 7 de uma série de playoff da NBA, a liga americana de basquete, é especial. É a única vez em que os dois times em quadra enfrentam a eliminação, o momento dos grandes jogadores mostrarem poder de decisão. Stephen Curry e Klay Thompson provaram sua capacidade na hora em que o peso da responsabilidade cai sobre quem mais tem condição de absorvê-la. Nesta segunda-feira, apresentaram suas principais armas, acertaram as bolas de três que deram a eles o apelido de "Splash Brothers" e lideraram o Golden State Warriors na vitória por 96 a 88 sobre o Oklahoma City Thunder, em Oakland, fechando a final da Conferência Oeste em 4 a 3. Colocaram o atual campeão na segunda decisão consecutiva contra o Cleveland Cavaliers de LeBron James, que começa quinta-feira, em Oakland.
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Stephen Curry comemora a vitória na série contra o Thunder (Foto: Getty Images)Stephen Curry comemora a vitória na série contra o Thunder (Foto: Getty Images)
Assim como no jogo 6, as bolas de três fizeram a diferença. No total, os Warriors acertaram 17 em 37 tentativas, contra sete em 27 do rival. Curry fez 36 pontos, sua maior marca no confronto, e Thompson colaborou com 21. Superaram a parceria formada por Russell Westbrook e Kevin Durant, que terminaram o jogo com 19 e 27 pontos, respectivamente. O resultado final selou a 10ª virada em 233 confrontos de playoffs no qual um time chegou a estar vencendo por 3 a 1, apenas o terceiro em uma decisão de conferência, a primeira no Oeste.

O nervosismo de um jogo no qual a eliminação está em questão é normal. No entanto, o Thunder, depois de perder a chance de definir a série em casa, mostrou um conforto incomum para quem entra em quadra para enfrentar os Warriors como visitante. Se no sábado Durant não acertou a mão, desta vez começou quente, perfeito no primeiro quarto. Ele comandou um time mais equilibrado ofensivamente, apesar de o aproveitamento nos arremessos de uma forma geral ainda estar longe do ideal.

Curry também entrou em um ritmo diferente do jogo anterior quando levou mais de 16 minutos para fazer seus primeiros pontos. Rapidamente, ele acertou duas bolas de três e liderou o time que sentiu falta da eficiência de Klay Thompson no período de abertura do confronto. Com isso, o Thunder conseguiu terminar à frente, vencendo por 24 a 19, mas com muito tempo pela frente.

Como parte dos sistema, Curry começou o segundo quarto no banco de reservas. Os Warriors tiveram dificuldades para pontuar e fizeram apenas três pontos nos primeiros cinco minutos. O Thunder aproveitou e abriu vantagem, chegando a colocar 13 pontos (35 a 22), contando com o bom aproveitamento do pivô turco Enes Kanter.
Russell Westbrook senta na quadra diante de mais uma derrota (Foto: Getty Images)Russell Westbrook senta na quadra diante de mais uma derrota (Foto: Getty Images)
O técnico Steve Kerr pediu tempo, e Curry voltou. Mas quem fez os Warriors reagirem foi Thompson. Depois de um primeiro quarto apagado, ele acertou três arremessos seguidos de três pontos e reduziu a diferença para quatro pontos (37 a 33) com quatro minutos pela frente, obrigando o rival a parar o jogo. O Thunder, então, conseguiu manter a liderança do placar, chegou a abrir novamente mais de 10 pontos e terminou o segundo quarto com a vantagem de 48 a 42.

O Thunder continuou dando a impressão de domínio do jogo, com mais volume, especialmente dentro do garrafão. No entanto, assim como no jogo 6, as bolas de três pontos dos Warriors continuaram a cair, com Thompson e Curry, e fizeram o time retomar a liderança do placar (57 a 54) a 6m24 do fim do terceiro quarto, o que só havia conseguido quando Green marcou os dois primeiros pontos do confronto.
Anderson Varejão comemora a posse de bola para os Warriors (Foto: Reuters)Anderson Varejão comemora a posse de bola para os Warriors (Foto: Reuters)
Atrás no marcador, o Thunder passou a cometer erros. Durant e Westbrook perderam a tranquilidade e não conseguiram encontrar espaços para pontuar. Os Warriors souberam aproveitar o momento e começaram a abrir vantagem. Até Leandrinho e Anderson Varejão, que pouco jogaram, pontuaram no terceiro quarto, e o time fechou o período em 71 a 60.

Mesmo depois de ficar 13 pontos atrás, o Thunder continuou lutando, apesar da dificuldade de Durant e Westbrook. Com uma cesta de três de Ibaka, o time reduziu a diferença para quatro pontos (73 a 69), faltando 8m30 para o fim do jogo. No entanto, o time sentiu o peso de utilizar apenas dois jogadores do banco com tempo efetivo em quadra e não teve forças para consolidar uma reação. Thompson e Curry continuaram com a mão quente e mantiveram uma vantagem confortável para segurar uma última tentativa de reação do rival e mostrar a força de um time que pulverizou recordes durante a temporada, chegando a sua segunda final consecutiva em busca de uma dinastia na NBA.
a série
Jogo 1 - 16/5, Warriors 102 x 108 Thunder, em Oakland
Jogo 2 - 18/5, Warriors 118 x 91 Thunder em Oakland
Jogo 3 - 22/5, Thunder 133 x 105 Warriors, em Oklahoma
Jogo 4 - 24/5, Thunder 118 x 94 Warriors, em Oklahoma
Jogo 5 - 26/5, Warriors118 x 111 Thunder, em Oakland
Jogo 6 - 28/5, Thunder 101 x 108Warriors, em Oklahoma
Jogo 7 - 30/5, Warriors 96 x 88 Thunder, em Oakland

Astro espanhol, Pau Gasol cogita não vir ao Brasil por medo do vírus da zika

Em artigo escrito no jornal "El País", pivô do Chicago Bulls afirma manter contato com especialistas da área de saúde e critica a falta de cobrança da imprensa europeia

Por Espanha
Pau Gasol basquete Espanha (Foto: EFE)Pau Gasol está incomodado com a epidemia do vírus da zika no Brasil (Foto: EFE)
Ícone da melhor geração espanhola de basquete da história, Pau Gasol colocou em dúvida sua participação nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro por causa da epidemia do vírus da zika. Em artigo publicado na edição desta segunda-feira do jornal "El Pais", o pivô do Chicago Bulls declarou que está refletindo se vale a pena colocar em risco a sua saúde, além de amigos e familiares.
- A Olimpíadas é o evento com mais significância e importância para qualquer atleta. Não participar de uma seria devastador para um atleta de alto nível, que tem dedicado sua vida a esses minutos ou mesmo segundos de competição. Mas, com a saúde não se joga. E não falo apenas da saúde de cada atleta, mas também dos fãs, das famílias que vêm para apoiar os atletas, das famílias que vão voltar, uma vez terminada a competição, e do futuro de seus filhos ou filhas. Temos de tomar decisões e medidas para garantir que o sonho olímpico não se torne um pesadelo de saúde - escreveu.

Pau Gasol revelou que outros desportistas de seu país estão cogitando não participar do maior evento esportivo do planeta.
- Não seria uma surpresa para mim se alguns atletas não participarem dos Jogos para evitar colocar sua saúde e de seus familiares em risco.

Duas vezes medalha de prata, Olimpíadas de Pequim (2008) e Londres (2012), Gasol tem 35 anos e, possivelmente, a edição carioca será - ou seria - sua última chance do ouro. Pau destacou ter mantido conversas com especialistas americanos e espanhóis e tomado conhecimento do risco da epidemia. Inclusive, criticou a falta de informações por parte da imprensa local.
- Me surpreende o pouco eco que esta epidemia está recebendo nos veículos de comunicação e no debate público. Felizmente, organizações tão importantes, tais como o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC), que trabalham continuamente para analisar a evolução deste vírus, entre outros, estão compartilhando publicamente algumas informações que devemos considerar - reclamou.
Neste sábado, a Organização Mundial da Saúde (OMS) rejeitou a proposta de um grupo de 150 cientistas e médicos pedindo o adiamento ou a mudança de sede da Olimpíada e afirmou não haver risco à saúde pública para justificar tais medidas. Os especialistas alegavam que a disseminação do vírus da zika no Rio de Janeiro poderia ganhar escala global por causa dos Jogos.
basquete pau gasol espanha EUA Londres 2012 (Foto: Agência Reuters)Pau Gasol em ação na decisão olímpica de Londres, em 2012, contra os Estados Unidos (Foto: Agência Reuters)

sábado, 28 de maio de 2016

Fla vence Bauru em jogão com fim polêmico e fica a uma vitória do título

Time carioca quase permite a virada após iniciar último quarto com vantagem de 17 pontos e conta com ajuda da arbitragem em lance que poderia mudar rumo da partida

Por Rio de Janeiro

Num duelo cheio de emoção até os segundos finais e com um grave erro de arbitragem em momento decisivo, o Flamengo bateu o Bauru por 89 a 84 (46 a 41), na Arena Carioca 2, dentro do Parque Olímpico do Rio de Janeiro. Com bom desempenho coletivo e destaque para o cestinha Ronald Ramon, com 21 pontos, a equipe carioca fez 2 a 1 na série melhor de cinco da final do NBB. Nos segundos finais, uma marcação errada de bola presa da arbitragem gerou muitas reclamações do Bauru, quando Hettsheimeir já tinha o rebote, e Rafa Luz tentou disputar a bola (assista no vídeo acima). A essa altura, o placar era de 85 a 84 para os cariocas, que ficaram com a posse e seguraram a vitória até o fim, após permitir uma incrível reação dos rivais, que começaram o último quarto perdendo por 17 pontos (74 a 57).
- Foi um erro grave. Isso não quer dizer que o Bauru venceria o jogo. Mas é o tipo do erro que, em uma final de campeonato, a arbitragem não pode cometer - afirmou o comentarista de arbitragem Renato Santos, o Renatinho, na transmissão do SporTV.
Após a partida, os jogadores do Bauru se recusaram a falar com a imprensa, em protesto contra o erro da arbitragem.
FLAMENDO X BAURU, jogo 3, final NBB (Foto: André Durão)Rafa Luz, destaque do Flamengo, vibra durante jogo 3 da final do NBB (Foto: André Durão)


Depois de ganhar diante do apoio de sua torcida, que encheu a arena com 7.767 presentes (6.125 pagantes), o Flamengo fica a apenas uma vitória do título. O jogo 4 da decisão será no ginásio Neusa Galetti, em Marília, interior de São Paulo, no próximo sábado, dia 4 de junho, às 14h10 (horário de Brasília). Se necessário, o jogo 5 será novamente no Rio, no dia 11 de junho. O SporTV transmite tudo, e o GloboEsporte.com acompanha em Tempo Real.
- A gente começou bem, saindo rápido na transição. Acho que deu certo. Conseguimos acabar o jogo e fechar com vitória. Sabemos que Bauru vai lutar para ser campeão, todo jogo vai ser assim. Não tem jogo fácil. Tem que jogar do mesmo jeito - disse Ronald Ramon.
Além da boa atuação do dominicano, o Flamengo contou com uma tarde inspirada de Rafa Luz - 17 pontos, seis rebotes e seis assistências. Marquinhos, com 19 pontos, também foi fundamental para o triunfo. No Bauru, Hettsheimeir foi o grande nome com duplo-duplo de 20 pontos e 10 rebotes. Gigante no último período, Alex deixou o jogo com 19 pontos, e Robert Day, com 15. Destaque no jogo 2, Paulinho Boracini saiu zerado desta vez.
Flamengo se impõe em tarde de Rafa Luz
FLAMENDO X BAURU, jogo 3, final NBB (Foto: André Durão)JP Batista e Jefferson disputam a bola no garrafão (Foto: André Durão)
Empurrado pela torcida desde o início, o Flamengo, que começou com Rafa Luz, Ronald Ramon, Marquinhos, Olivinha e Meyinsse parecia disposto a mostrar quem era mesmo o dono da casa. E a primeira cesta do jogo, em um arremesso de três de Marquinhos, deixou o barulho na Arena Carioca 2 ainda mais alto. Do outro lado, a formação do Bauru com Paulinho Boracini, Alex, Jefferson, Hettsheimer e Robert Day tentava abafar os cantos dos rubro-negros e repetir a boa atuação da última quinta-feira.

Conduzido principalmente pela mão calibrada e por boas infiltrações de Rafa Luz, o Rubro-Negro liderou placar desde o início. Robert Day e Hettsheimeir buscavam responder para o time paulista, enquanto a massa flamenguista provocava e xingava Alex. Quando o ala do Bauru teve uma falta técnica a seu favor, a pressão  das arquibancadas foi tão grande que ele errou os dois lances livres. No fim do primeiro quarto, o Flamengo terminou com vantagem de 26 a 20.
Hettsheimeir tenta a jogada no ataque para Bauru (Foto: André Durão)Marcado por Meyinsse, Hettsheimeir tenta a jogada no ataque para Bauru (Foto: André Durão)
No segundo período, com JP Batista, Mineiro, Marcelinho e Robinson revezando na equipe, os cariocas chegaram a abrir dez pontos ao fazer 32 a 22 em uma cesta de JP, faltando sete minutos para o fim. Na volta do tempo pedido pelo técnico Demétrius, no entanto, o Bauru se acertou e fez sete pontos seguidos, contando com boas participações de Léo Meindl e principalmente Murilo, que saíram do banco de reservas. Pouco depois, o relógio de contagem regressiva de 24 segundos de um dos lados da quadra apagou e paralisou a partida por cerca de três minutos, mas o problema foi rapidamente resolvido. No intervalo, 46 a 41 para o Fla.
Reação incrível e erro clamoroso
O equilíbrio de até então foi passear no terceiro quarto. Enquanto o Flamengo manteve a boa consistência ofensiva e defensiva, Bauru falhava no ataque e via seu aproveitamento de arremessos despencar, errando muitos chutes de três pontos (ao fim do jogo, 6 em 30 tentativas). Com o nervosismo de um confronto decisivo, o número de faltas também cresceu. Bom para Rafa Luz e Ronald Ramon, que continuaram encestando as bolas que arriscavam e deixaram a vantagem rubro-negra em 17 pontos (74 a 57) no fim da penúltima parcial. No estouro do cronômetro, Ramon converteu de três e fez a torcida vibrar ainda mais.
Lance da polêmica bola presa entre Hettsheimeir e Rafa Luz, no duelo entre Bauru e Flamengo no NBB (Foto: André Durão)Lance da polêmica bola presa entre Hettsheimeir e Rafa Luz, no duelo Flamengo x Bauru (Foto: André Durão)
Nos dez minutos finais, o papel do time carioca seria manter o foco para administrar a confortável vantagem, mas a equipe do técnico José Neto parou. Os paulistas reagiram e colaram no placar. Hettsheimeir brigava muito dentro do garrafão, e Alex passou a acertar tudo ofensivamente (85 a 84). Foi quando um erro grave do árbitro Diego Chiconato nos últimos segundos levou Demétrius à loucura no banco. O juiz do fundo de quadra apontou bola presa em uma disputa de Hettsheimeir, que já tinha o domínio do rebote, com Rafa Luz. A posse de bola alternada foi para o Flamengo, que conseguiu segurar o resultado à base de lances livres: 89 a 84.
equipes e pontuação
FLAMENGO: Marquinhos (19), Olivinha (4), Meyinsse (9), Ramon (21) e Rafa Luz (17). Entraram: Rafael Mineiro (4), Robinson (0), JP Batista (12), Gegê (0). Técnico: José Neto
BAURU: Alex (19), Jefferson (9), Hettsheimeir (20), Paulinho Boracini (0) e Robert Day (15). Entraram: Murilo (10), Léo Meindl (11), Gui Santos (0), Léo (0). Técnico: Demétrius Ferraciú
a série
Jogo 1: Bauru 77 x 83 Flamengo, em Marília
Jogo 2: Flamengo 80 x 85 Bauru, no Rio
Jogo 3: Flamengo 89 x 84 Bauru, no Rio
Jogo 4: Bauru x Flamengo, em Marília
Jogo 5: Flamengo x Bauru, no Rio (se necessário)

 

Revoltado com arbitragem, Bauru sai da arena em silêncio e ironiza na web

Técnico Demétrius e jogadores do time paulista preferem não falar com os jornalistas ao deixarem a Arena Carioca 2, no Rio, depois de decisão com final polêmico no NBB

Por Rio de Janeiro
Bola presa entre Hettsheimeir e Rafa Luz, no duelo entre Bauru e Flamengo no NBB (Foto: André Durão)Lance da polêmica bola presa entre Hettsheimeir e Rafa Luz, no duelo Flamengo x Bauru (Foto: André Durão)
Um erro de arbitragem nos segundos finais da partida deixou a delegação do Bauru revoltada neste sábado, após a derrota da equipe para o Flamengo, por 89 a 84, na Arena Carioca 2, pela final do NBB. Em protesto por causa da situação, nem o técnico Demétrius Ferracciú nem os jogadores deram entrevistas à imprensa na saída do ginásio.
No lance polêmico, quando o Rubro-Negro vencia por apenas um ponto de diferença, 85 a 84, Hettsheimeir pegou o rebote, tinha a bola dominada, mas a arbitragem marcou bola presa no momento que Rafa Luz entrou na disputa da jogada. A marcação deixou os jogadores do time paulistas indignados e Demétrius foi à loucura no banco de reservas.
Logo após o fim do jogo no Rio de Janeiro, um entrevero aconteceu ainda dentro da quadra. Um membro da comissão técnica do Bauru e Alexandre Póvoa, vice-presidente de esporte olímpicos do Fla, trocaram empurrões, mas a confusão não teve maiores desdobramentos.
+ Fla vence Bauru em jogão com fim polêmico e fica a uma vitória do título
+ Assista aos melhores momentos de Flamengo 89 x 84 Bauru

De cabeça quente, a equipe do Bauru deixou a Arena Carioca em silêncio para evitar sofrer qualquer punição devido a possíveis reclamações mais duras. No perfil oficial do Facebook do time do interior de São Paulo, no entanto, um post irônico demonstrou o sentimento de revolta.
"Bola presa? Vamos para Marília empatar essa série! #ContraTudoeContraTodos."
O Facebook oficial do Bauru postou mensagem citando o lance polêmico na final do NBB (Foto: Reprodução)O Facebook oficial do Bauru postou mensagem citando o lance polêmico na final do NBB (Foto: Reprodução)




Pelo lado do Flamengo, o técnico José Neto evitou comentar o assunto ao ser questionado sobre o lance pelos jornalistas depois da partida.
- Eu não gosto de falar, analisar friamente é muito ruim. Mas como eu sempre falo, mesmo quando a gente perde ou quando a gente ganha, a Liga tem um departamento de arbitragem competente para fazer essa análise, muito mais competente do que eu poder colocar qualquer opinião aqui. Até porque opinião não resolve nada. Então, cabe a eles analisarem isso aí e tomarem a decisão deles. Nós temos que focar no que temos que fazer e brigar pelo título lá em Marília - disse o treinador rubro-negro.
Já o armador rubro-negro Rafa Luz, que disputou a bola na jogada polêmica com Hettsheimeir, deu a sua versão sobre o ocorrido nos segundos finais.
- A bola presa é um critério do árbitro. O Hettsheimeir tinha segurado a bola, eu tentei segurar também, e ele decidiu que era bola presa, então é o critério dele. A gente não pode entrar no critério de arbitragem, porque isso só tem a desfavorecer a nossa equipe e a mim pessoalmente - afirmou o atleta.
Procurada pela reportagem do Globoesporte.com, a LNB (Liga Nacional de Basquete) preferiu não se pronunciar no momento sobre a polêmica na decisão deste sábado. Os membros da comissão de arbitragem, no entanto, devem ter uma conversa interna para discutirem a situação.
Com a vitória no Rio de Janeiro, o Flamengo abriu 2 a 1 na série melhor de cinco da final do NBB. O jogo 4 será disputado no próximo sábado, dia 4 de junho, em Marília.

Thompson bate recorde, e Warriors forçam jogo 7 contra o Thunder

Jogador acerta 11 bolas de três na vitória por 108 a 101, fora de casa, e decisão da Conferência Oeste será na segunda-feira, em Oakland, às 22h (de Brasília)

Por Oakland, EUA

Os arremessos de longa distância fizeram o Golden State Warriors transformar a NBA, a liga americana de basquete. No momento em que mais precisou, com a corda no pescoço, o time voltou a apresentar a sua maior arma para liquidar o adversário. Klay Thompson fez 11 cestas de três, um recorde na história dos playoffs, e marcou 41 pontos, e Stephen Curry terminou com 31, confirmando a boa atuação dos "Splash Brothers", para garantir a vitória pro 108 a 101 sobre o Oklahoma City Thunder, fora de casa, e levar a decisão da Conferência Oeste para o jogo 7, empatando a série em 3 a 3. O vencedor do duelo segunda-feira, às 22h (de Brasília), em Oakland, com transmissão do SporTV, vai enfrentar o Cleveland Cavaliers, campeão do Leste na disputa do título. O SporTV.com acompanha em tempo real.

Klay Thompson mortal nas bolas de três contra o Thunder (Foto: Getty Images)Klay Thompson mortal nas bolas de três contra o Thunder (Foto: Getty Images)
O placar nas bolas de três foi de 21 a 3 para os Warriors. O Thunder viveu um dia complicado de seus melhores jogadores no aproveitamento dos arremessos em um jogo no qual poderia ter definido a classificação para a final da NBA em caso de vitória. Kevin Durant terminou com 29 pontos, mas acertou apenas um arremesso de três em oito tentados, e 10 em 31 no total. Russell Westbrook marcou 28, e errou as cinco de três que tentou.
O primeiro minuto do jogo mostrou o que seria a batalha na quadra. Briga intensa pelo rebote, cautela extrema para decidir e Steven Adams mergulhando para disputar a bola com Draymond Green. Thunder e Warriors sabiam de suas necessidades e a importância do confronto pela frente. Não havia espaço para desistências. Toda jogada deveria ser disputada até o fim.

O equilíbrio no primeiro quarto não permitiu que nenhum dos times abrisse grande vantagem. A marcação nos principais jogadores deu resultado de ambos os lados. Curry, por exemplo, não conseguiu pontuar no período, e Durant acertou apenas dois de 10 arremessos. Westbrook, no entanto, fez a diferença para o Thunder terminar à frente, vencendo por 23 a 20.
Stephen Curry observa o jogo marcado por Russell Westbrook (Foto: Reuters)Stephen Curry observa o jogo marcado por Russell Westbrook (Foto: Reuters)
Curry foi para o banco descansar. o Thunder começou a abrir vantagem com boa participação do reserva Enes Kanter e do coadjuvante Andre Roberson. O astro dos Warriors voltou para a quadra e, finalmente, saiu do zero faltando 7m20 para acabar o segundo quarto com uma cesta de três. Mesmo assim, ainda teve dificuldades para engrenar. Assim, o Thunder começou a demonstrar sua força física no confronto, como em uma enterrada de Adams sobre Green, e chegou a abrir 13 pontos.

Os Warriors, então, contaram com um bom momento de Thompson. Com três bolas de três no segundo quarto, manteve o time próximo no placar e, desta vez, com a colaboração da defesa, que evitou o desastre dos jogos 3 e 4 da série, quando sofreu em cada um 72 pontos nos dois primeiros quartos. O Thunder ainda terminou na frente, vencendo por 53 a 48, mas com um cenário bem diferente dos confrontos anteriores em Oklahoma.

O técnico Steve Kerr mudou seu quinteto inicial no terceiro quarto, tirando Harrison Barnes e colocando Andre Iguodala. Os Warriors começaram quente, e Thompson matou duas bolas de três seguidas. O Thunder encontrou dificuldades para encaixar seu ataque, principalmente com Durant bem marcado, apesar de liderar o time em pontuação.

Mesmo com essa pressão, o Thunder conseguiu se manter à frente, mas sem abrir grande vantagem e convivendo com os problemas de falta, principalmante de Roberson, que chegou a cinco na metade do terceiro quarto. Curry sustentou os Warriors com uma explosão no terceiro quarto, marcando 14 pontos no período, sendo 11 deles seguidos. No fim, a vantagem de Oklahoma ficou em 83 a 75.
Kevin Durant tenta fazer o arremesso diante da marcação de Draymond Green (Foto: Reuters)Kevin Durant tenta fazer o arremesso diante da marcação de Draymond Green (Foto: Reuters)
A diferença, no entanto, não serviu como garantia de tranquilidade. Thompson continuou com a mão quente nas bolas de três, e assim os Warriors conseguiram manter o placar próximo, apesar da clara desvantagem do time no garrafão. A situação ainda ficou mais difícil no jogo interno com a quinta falta de Green com seis minutos pela frente, e o Thunder liderando por 93 a 87.

O aproveitamento nas bolas de três, no entanto, continuou sendo fundamental para os Warriors. Curry empatou o jogo em 99 a 99, faltando 2m48. E seu parceiro Klay Thompson, em uma noite espetacular, colocou o time na frente por 104 a 101 com a sua 11ª cesta de três, um recorde nos playoffs da NBA, superando as nove de Ray Allen, duas vezes, Jason Terry, Vince Carter e Rex Chapman. Na sequência, o Thunder desperdiçou suas oportunidades, e o atual campeão sobreviveu com uma vitória por 108 a 101 e vai levar a decisão da vaga na final para o jogo 7.
a série
Jogo 1 - 16/5, Warriors 102 x 108 Thunder, em Oakland
Jogo 2 - 18/5, Warriors 118 x 91 Thunder em Oakland
Jogo 3 - 22/5, Thunder 133 x 105 Warriors, em Oklahoma
Jogo 4 - 24/5, Thunder 118 x 94 Warriors, em Oklahoma
Jogo 5 - 26/5, Warriors118 x 111 Thunder, em Oakland
Jogo 6 - 28/5, Thunder 101 x 108 Warriors, em Oklahoma
Jogo 7 - 30/5, em Oakland, às 22h
** Horário de Brasília

Bandidos explodem agência bancária em São Luís Gonzaga do Maranhão

Esta foi a segunda ação registrada em um mês na cidade.
Moradores ficaram sem agências bancárias por causa dos ataques.

Do G1 MA
Oito homens armados explodiram os caixas eletrônicos da agência do Bradesco na cidade de São Luís Gonzaga do Maranhão, a 209 Km de São Luís, na madrugada deste sábado (28). Eles fugiram em quatro motos e não há indícios do paradeiro dos criminosos. A quantia levada não foi divulgada pelo banco.
Segundo informações da polícia, os bandidos atiraram contra uma viatura e um posto policial antes de fugirem. O veículo ficou completamente danificado.

Há um mês bandidos já haviam explodido a agência do Banco do Brasil na cidade. Segundo informações da polícia, na ocasião os bandidos desligaram o alarme e o sistema de videomonitoramento. Logo após os criminosos cortaram o cofre com a ajuda de um maçarico e levaram toda a quantia que estava no banco.

Com a ação desta madrugada, os moradores da cidade ficaram sem agência bancária para realizar transações. O ano de 2016 já acumula 22 roubos a banco.
Agentes da Seic investigam explosão em caixas eletrônicos em São Luís Gonzaga do Maranhão  (Foto: Reprodução/TV Mirante)Agentes da Seic investigam explosão em caixas eletrônicos em São Luís Gonzaga do Maranhão (Foto: Reprodução/TV Mirante)
Municípios atacados em 2016
Na lista de cidades atacadas neste ano estão: Alto Alegre do Pindaré, Igarapé Grande, Bacuri, Maracaçumé, Icatu, Grajaú, Alcântara, Paulo Ramos, Paraibano, Araguanã, Duque Bacelar, Tufilândia, Peri Mirim, Colinas, Nova Olinda do Maranhão, Santa Luzia do Tide e São Luís Gonzaga do Maranhão.

NBA: LeBron domina os Raptors, coloca os Cavs na final e supera Michael Jordan

Jogador marca 33 pontos na vitória por 113 a 87, chega a sua sétima decisão, a sexta seguida, e espera Thunder ou Warriors em busca do primeiro título de Cleveland

Por Toronto, Canadá

O domínio do Cleveland Cavaliers foi incontestável na Conferência Leste da NBA, a liga americana de basquete, desde o começo da temporada regular. Nos playoffs, continuou com duas varridas sobre Detroit Pistons e Atlanta Hawks. Nesta sexta-feira, mesmo fora de casa, com LeBron James quase todo o tempo em quadra e as bolas de três calibradas, o time sacramentou uma classificação mais do que esperada para a final da competição ao vencer por 113 a 87 o Toronto Raptors e fechar a série melhor de sete jogos por 4 a 2. Agora, o time espera o vencedor do Oeste, que pode ser definido neste sábado em caso de vitória do Oklahoma City Thunder, que lidera o confronto com o Golden State Warriors por 3 a 2 e joga em casa. O SporTV transmite ao vivo às 22h (de Brasília), e o SporTV.com acompanha em tempo real.

A vitória colocou LeBron na sétima final de sua carreira na NBA, a sexta seguida, superando em número de decisões de nomes como Michael Jordan, Scottie Pippen, Tim Duncan e Danny Ainge. Em decisões consecutivas, tornou-se apenas o oitavo a alcançar o feito, igualando sete jogadores do Boston Celtics dos anos 60. Ele jogou 41 minutos, marcou 33 pontos, pegou 11 rebotes e e deu seis assistências. Foi o protagonista que se espera, contando ainda com 30 pontos de Kyrie Irving e 20 de Kevin Love, superando a boa atuação de um valente Kyle Lowry, com 35 pontos para os Raptors. Como time, os Cavaliers dominaram as bolas de três, com 17 acertos em 31 tentativas, contra apenas oito em 25 do rival.
LeBron faz a enterrada na vitória dos Cavaliers sobre os Raptors fora de casa (Foto: Reuters)LeBron faz a enterrada na vitória dos Cavaliers sobre os Raptors fora de casa (Foto: Reuters)
LeBron mostrou rapidamente o que estava disposto a fazer em quadra. Com cestas de três e uma bela enterrada completando uma ponte-aérea de Kyrie Irving, ele comandou os Cavaliers desde os minutos iniciais, deixando para trás o domínio dos Raptors nos jogos 3 e 4 da série no passado. Com 14 pontos no primeiro quarto, fez o time abrir uma vantagem que chegou a ser de 11 pontos para fechar o período vencendo por 31 a 25.

Apesar do domínio dos Cavaliers no começo, houve momentos quentes que colocaram a torcida de Toronto no clima do confronto. Primeiro uma falta de ataque de Tristan Thompson em Kyle Lowry, depois Bismack Biyombo acertou Kevin Love com o cotovelo e foi punido com uma falta flagrante, a quarta deles nos playoffs, que o suspenderia automaticamente de um eventual jogo 7.
LeBron James voa para a enterrada diante de Bismack Biyombo (Foto: Reuters)LeBron James voa para a enterrada diante de Bismack Biyombo (Foto: Reuters)
No começo do segundo quarto, foi a vez de Jonas Valanciunas atingir com o cotovelo a costela de Richard Jefferson, que reagiu com o dedo em riste. Os dois e Patrick Patterson receberam faltas técnicas. Com os nervos dos jogadores mais controlados, o jogo seguiu com os Cavaliers à frente.

LeBron ficou fora de quadra apenas 37 segundos nos dois primeiros quartos (assista aos melhores momentos do astro no vídeo abaixo). Ele continuou dominando o jogo. Deu um belo toco em Lowry e, junto com o time, teve um aproveitamento acima do normal para as bolas de três. Sem resposta dos Raptors, os Cavaliers terminaram o período vencendo por 55 a 41, a sua maior vantagem até então.

Apesar do pouco descanso, LeBron continuou esbanjando disposição defensiva e ofensiva. No terceiro quarto, ganhou ainda o auxílio de Irving, que marcou 12 pontos no período e ajudou os Cavaliers a aumentar a vantagem no jogo, que chegou a 21 pontos, e deixar a classificação para a final da NBA cada vez mais próxima.
Kyrie Irving encarar a marcação de DeMarre Carroll e leva os Cavs ao ataque (Foto: Reuters)Kyrie Irving encarar a marcação de DeMarre Carroll e leva os Cavs ao ataque (Foto: Reuters)
No entanto, na reta final do terceiro quarto, Lowry despertou. Ele marcou 15 pontos seguidos para os Raptors nos últimos três minutos, incluindo três lances-livres com menos de um segundo por jogar para reduzir a diferença para 12 pontos. Os Cavaliers fecharam o perído ainda vencendo por 86 a 74 e com LeBron descansando um total de um minuto e 14 segundos dos 36 minutos jogados.

Técnico dos Cavaliers, Tyronn Lue não perdeu tempo e começou o último quarto com LeBron em quadra para fechar a série. Ele assumiu a responsabilidade de carregar o time de um lado a outro da quadra, jogando dentro e fora do garrafão, pegando rebotes e achando os companheiros em melhor posição. Não permitiu a maior aproximação dos rivais e terminou com a coroa de Rei do Leste, conquistando o título da conferência pela sexta vez seguida com a vitória por 113 a 87 e a esperança de encerrar a espera de Cleveland pelo primeiro anel de campeão da NBA.
a série
Jogo 1 - 17/5, Cavaliers 115 x 84 Raptors, em Cleveland
Jogo 2 - 19/5, Cavaliers 108 x 89 Raptors, em Cleveland
Jogo 3 - 21/5, Raptors 99 x 84 Cavaliers, em Toronto
Jogo 4 - 23/5, Raptors105 x 99 Cavaliers, em Toronto
Jogo 5 - 25/5, Cavaliers 116 x 78 Raptors, em Cleveland
Jogo 6 - 27/5, Raptors 113 x 87 Cavaliers, em Toronto

sexta-feira, 27 de maio de 2016

Em ritmo de treino, Náutico atropela lanterna Sampaio e sobe na Série B

Timbu não tomou conhecimento do time maranhense e venceu por 5 a 0, na
Arena Pernambuco, subindo na tabela; Tubarão ainda não venceu na Série B

Por Recife

Em vários aspectos, o jogo desta sexta-feira, na Arena Pernambuco, entre Náutico e Sampaio Corrêa, assemelhou-se a um treino. Fora de campo - no baixo público do estádio - mas, principalmente, dentro dele. Em ritmo tranquilo, o Timbu passou por cima do lanterna da Série B, enfiou 5 a 0 no adversário e deu resposta positiva às críticas que já começavam a surgir (subiu para 7º, com 6 pontos). O atacante Rony, com gol e duas assistências, foi o principal destaque da partida. Já o Tubarão, em último, acumula quatro derrotas.
Na próxima rodada, os dois times entram em campo no mesmo dia e horário. Na terça-feira, às 19h15, o Náutico visita o Bahia na Fonte Nova, enquanto o Sampaio recebe o Bragantino no Castelão.
Náutico x Sampaio Corrêa (Foto: Aldo Carneiro / Pernambuco Press)Rodrigo Souza comemora com a bola na camisa o quinto gol do Náutico no jogo (Foto: Aldo Carneiro / Pernambuco Press)



O Náutico merece elogios porque, finalmente, o estilo de velocidade do técnico Gallo deu resultado. O Timbu se aproveitou bem dos buracos nas costas da linha defensiva do time maranhaense e construiu o resultado com facilidade. Cabe ressaltar, porém, que os visitantes deram uma aula de desorganização tática.
Quase todos os gols nasceram de jogadas parecidas. Rony descendo em velocidade nas costas dos laterais e zagueiros. No primeiro, ele ia sair de frente para o goleiro e sofreu pênalti, cobrado por Bergson. No segundo, pelo lado esquerdo, cruzou para Jefferson Nem marcar - depois de falha do goleiro Rafael.

No segundo tempo, com o Sampaio ainda mais necessitado do resultado, os espaços apareceram aos montes. Ficou fácil para o Timbu. Logo no primeiro minuto, Rony entrou driblando e fez um golaço. Dez minutos mais tarde, o atacante avançou pela esquerda e deu, com açúcar, para Rafael Coelho apenas encostar para o gol. A única bola na rede que não teve participação direta do atleta foi o quinto gol. Taiberson, que entrara há pouco tempo, cruzou da direita para Rodrigo Souza definir o marcador.

Polícia investiga ranking que pontua alunos por tipo de mulher que 'pegar

Delegada diz que foi aberto inquérito para apurar caso de racismo, em GO.
Lista avalia beleza, cor da pele e estado civil das participantes do InterUFG.

Sílvio TúlioDo G1 GO
Regulamento causa polêmica nas redes sociais (Foto: Reprodução/ Facebook)Lista dá pontos para aluno de acordo com o tipo de mulher que 'pegar' (Foto: Reprodução/ Facebook)
A Polícia Civil abriu inquérito para investigar a criação e a divulgação da lista que atribui pontos para cada tipo de mulher que os alunos "pegarem" durante os Jogos Internos da Universidade Federal de Goiás (InterUFG). Uma ocorrência foi registrada na Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam).
De acordo com a delegada Laura de Castro Teixeira, que realizou o procedimento, inicialmente, será apurado o crime de racismo, previsto no Artigo 20 da Lei 7716/89, uma vez que na lista há citações como "mulher pretinha" e "preta feia". A pena, em caso de condenação, é de 1 a 3 anos de prisão.
"No crime de racismo não há uma vítima predeterminada. Nesse caso, ofende-se a toda população afrodescendente. O crime de injúria é diferente, de foro íntimo. Para que haja uma investigação, a pessoa que se sentir ofendida precisa fazer a denúncia", disse ao G1.
Chamado “Regulamento InterUFG 2016",  o ranking que circula nas redes sociais dá a maior pontuação para quem tiver relações sexuais. Se a mulher for casada, o homem acumula 10 pontos. Se ela for “gostosa e gata”, ganha 8 pontos. Se a mulher for “pretinha bonitinha”, recebe 2 pontos. O estudante perde um ponto se beijar uma “mulher gorda” ou “preta e feia”.
Ele ainda perde 0,5 ponto a cada meia hora que ficar com a mesma pessoa, o que chamam de ficar “casado” na festa. Se beijar travesti é “eliminado da competição".
A delegada afirma que a intenção é localizar quem confeccionou a lista bem como quem a divulgou de forma deliberada na web. "É fácil saber quem agiu com dolo nesse sentido, quem tinha a real distribuição de liberar a lista. Aqueles que atuaram sem saber realmente o conteúdo do material ficam excluídos da apuração", explica.
O InterUFG começou na quarta-feira e segue até o próximo domingo (29), em Goiânia. Durante as tardes, são realizados os jogos esportivos e, à noite, festas open bar.
Repúdio
Internautas repudiaram o regulamento. Eles discutiram sobre o assunto na web.
Em uma nota publicada nas redes sociais, a organização do evento declarou que não apoia e repudia “todo e qualquer esquema de pontuação de conotação sexual divulgado em redes sociais”. A mensagem ainda diz que 10ª Edição do Inter UFG “prezará pelo bem estar, segurança, diversão e, acima de tudo, o respeito”.
A assessoria de imprensa da UFG destaca que o evento não é organizado pela instituição, mas por estudantes da universidade. A instituição ainda informa que “não compactua com qualquer manifestação de preconceito e violência de gênero”.
“A UFG atua em prol da garantia dos direitos que promovam a pluralidade de ideias e o fortalecimento de uma política universitária comprometida com o respeito às diferenças e para a superação de quaisquer manifestações que ferem os direitos humanos”, diz a nota.

Sérgio Moro e professor da FGV-RJ divergem sobre delação premiada

Thiago Bottino questionou os acordos e as conduções coercitivas.
O juiz defendeu as medidas em conferência de simpósio em Curitiba.

Fernando CastroDo G1 PRProfessor diz ser contra a Justiça receber delações de réus presos, mas Moro acredita que elas são necessárias para dar celeridade aos processos (Foto: Divulgação/Polyndia Eventos)Professor diz ser contra a Justiça receber delações de réus presos, mas Moro acredita que elas são necessárias para dar celeridade aos processos (Foto: Divulgação/Polyndia Eventos)
A última conferência desta quinta-feira (26) do XII Simpósio Nacional de Direito Constitucional, que ocorre em Curitiba, foi marcada por divergências de pensamentos entre o coordenador de Direito da Faculdade Getúlio Vargas (FGV) no Rio de Janeiro Thiago Bottino e o juiz federal Sérgio Moro. Bottino criticou medidas como as conduções coercitivas e os acordos de colaboração de investigados presos.
Bottino, que falou antes de Moro na conferência, criticou o recurso das conduções coercitivas, que vêm sendo utilizadas com frequências nas fases da Operação Lava Jato. Um dos casos com maior repercussão foi a condução do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Siva para prestar depoimento em São Paulo.
Para Bottino, o ato de tirar a pessoa de casa ou do trabalho mediante força policial a fragiliza e prejudica o direito à não auto incriminação.
“Esse mecanismo decretado de uma forma intencional, ou não, cria uma circunstância em que o exercício do direito ao silêncio, aquela garantia constitucional, se torna mais difícil. É importante perceber que isso acaba desequilibrando os papéis, porque coloca uma das partes, no caso a acusação, em situação de vantagem contra a outra parte. Cria-se um ambiente ruim”, criticou Bottino.
Outro mecanismo usado pela Lava Jato, os acordos de colaboração com investigados presos, também foram alvos de crítica por Bottino. “Esse acordo importa na renúncia a um direito que é o direito de vedação de auto incriminação. Ela tem que voluntariamente abrir mão desse direito, uma decisão consciente e livre”, disse.
No entanto para Bottino, a restrição de liberdade, ainda que temporária, gera um desequilíbrio na relação entre as partes que firmam o acordo. “A pessoa que está presa não está na mesma condição de negociação com a que está solta. Essa situação desequilibra a vontade do sujeito. Como falar de acordo voluntário feito nessas circunstâncias? Sobretudo quando vai ser colocado em liberdade justamente quem colaborou?” questionou.
Ao fim da palestra, Bottino fez referência à gravação divulgada recentemente que mostra o senador Renan Calheiros falando sobre a necessidade de se modificar a lei de delação premiada no mesmo ponto, que é evitar que presos façam acordos. “As razões pela quais essa pessoa defende isso é certamente diferente do que eu defendo, mas não é porque a gente chega à mesma conclusão que eu vou deixar de expressar minha opinião” concluiu.
Moro rebate críticas
Ao assumir o microfone, Moro começou relatando aspectos de casos já julgados da Lava Jato, como a devolução de US$ 98 milhões por parte do ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco após um acordo de colaboração. O juiz ressaltou que o acordo foi firmado com Barusco em liberdade.
Sérgio Moro afirmou que as divergências são normais no direito, e que é importante discutir sobres essas questões. “Quando nós escutamos essas questões nós temos que ter em mente que não estamos discutindo conceitos jurídicos abstratos, mas realidades de vida. Precisamos pensar o nosso direito penal e o processo penal de maneira que eles funcionem. Não com objetivo de alcançar condenações criminais, mas naquelas casos em que for provado no devido processo a prática de um crime, tem que existir consequências, e tem que ser proporcional à gravidade do crime”, disse.
O juiz afirmou que acredita que parte do problema é que o processo penal é disfuncional, porque enquanto a população carcerária é imensa, por outro lado o processo é excessivamente leniente com a prática de alguns tipos de crimes, como a corrupção. “Talvez essa leniência seja um dos fatores para chegar ao quadro atual, que é realmente muito preocupante”, disse.
Sobre a divergência das colaborações premiadas, Moro afirmou que respeitava Bottino e que sabe que a preocupação dele é com a voluntariedade dos investigados. No entanto, ressaltou que o processo da forma atual é muito demorado e muitas vezes não funciona. Além disso, segundo o juiz, em casos como grandes esquemas de corrupção, são justamente os criminosos que podem fornecer as informações mais importantes para os investigadores.
Ele lembrou o caso italiano do delator que, após ser preso, delatou o esquema de funcionamento da Cosa Nostra, a máfia italiana, o que levou a um processo com mais de 400 acusados. “Ele foi preso para colaborar? Ou foi preso porque era um mafioso que vivia do crime? Isso foi uma consequência da efetividade da Justiça no curso do processo. Será que nós deveríamos adotar essa proposição de não admitir a colaboração de um criminoso que estiver preso?”, questionou.
Para Moro, é preciso ver a colaboração também como um mecanismo de defesa do investigado. Ele criticou a proposta que tramita na Câmara dos Deputados que quer evitar que presos firme acordos de colaboração. “Eu fico pensando: isso é consistente com o direito da ampla defesa? Não tem que ser analisado dessa perspectiva?”, perguntou Moro.
O juiz afirmou que não duvida das boas intenções de Bottino, mas questionou se as iniciativas de tentar frear os acordos não estão mais ligadas à preocupação com os eventuais delatados do que com a voluntariedade do colaborador. “Eu fico me indagando se não estamos vendo alguns sinais de uma tentativa de retorno ao status quo da impunidade dos poderosos” concluiu Moro.

quinta-feira, 26 de maio de 2016

Curry explode no fim, Warriors batem o Thunder e respiram na final do Oeste

Em partida tensa, Golden State tem bastante trabalho, mas conta com 31 pontos de seu principal astro para evitar a eliminação e cortar a desvantagem na série para 3 a 2

Por Oakland, EUA
O risco de ver uma temporada histórica terminar mais cedo pesou. Em um jogo tenso, os Warriors tiveram bastante trabalho e cometeram erros que foram raros durante o recorde de 73 vitórias na temporada regular. Mas quem tem o MVP unânime e um dos melhores times de todos os tempos, não pode perder as esperanças. Em um final quente, Stephen Curry chamou a responsabilidade, o Golden State segurou a pressão colocada por Kevin Durant e Russell Westbrook e bateu o Thunder por 120 a 111, ganhando fôlego na final da Conferência Oeste da NBA. A vitória em casa evitou a eliminação precoce, mas os atuais campeões seguem em situação complicada. O placar da série agora aponta 3 a 2 para o OKC, que jogará por um triunfo em Oklahoma City no próximo sábado, a partir das 22h (de Brasília), para avançar à decisão da liga americana de basquete - nova vitória dos Warriors levará o confronto para o sétimo e último jogo, em Oakland. O SporTV transmite tudo ao vivo e o SporTV.com acompanha em Tempo Real.
Golden State Warriors x Oklahoma City Thunder - Jogo 5 - Stephen Curry (Foto: Getty Images)Stephen Curry foi fundamental na vitória que evitou a eliminação precoce do Golden State Warriors (Foto: Getty Images)
Ligado desde os primeiros minutos, os Warriors conseguiram se manter à frente durante praticamente todo o jogo. Mas em nenhum momento a liderança foi tranquila. O nervosismo dos donos da casa, combinado com a atuação soberba de Durant e Westbrook, fizeram a partida seguir equilibrada até os últimos minutos. Foi quando Curry apareceu. O astro do Golden State foi agressivo no ataque, usou a habilidade para bater para dentro do garrafão e cavar seguidas faltas que resultaram em 12 pontos nos últimos seis minutos. Ao todo, foram 31 para o MVP, cestinha do time da casa no jogo.
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Golden State Warriors x Oklahoma City Thunder - Jogo 5 - Durant (Foto: Getty Images)Kevin Durant foi o cestinha com 40 pontos, mas não conseguiu evitar a derrota (Foto: Getty Images)
Os Warriors ainda contaram com ótima atuação de Klay Thompson, que terminou com 27. Outro destaque foi o pivô australiano Andrew Bogut, que marcou pontos importantes e conseguiu um duplo-duplo de 15 pontos e 14 rebotes. Os brasileiros Leandrinho e Anderson Varejão passaram pouco tempo em quadra e saíram zerados da partida.

No Thunder, apesar da derrota, Durant e Westbrook seguiram com a ótima fase na pós-temporada. A dupla mortal do OKC combinou para impressionantes 71 pontos. Foram 40 do primeiro e 31 do segundo. Aproveitamento que faz o time seguir confiança para o jogo 6, podendo fechar a série em casa.
o jogo
Precisando vencer para evitar a eliminação, os Warriors entraram ligados. Mas o Thunder não ficou para trás e manteve o placar equilibrado nos primeiros minutos. Steven Adams, com duas faltas, teve ir para o banco rapidamente, saída que pesou no OKC. Apesar da boa atuação de Ibaka, o congolês/espanhol não conseguiu segurar o garrafão sozinho e o Golden State se aproveitou. Bogut fez quatro pontos, Curry e Thompson foram precisos no perímetro e o time da casa começou a abrir (22 a 12). Quando os titulares do Golden State foram descansar, Durant comandou uma arrancada do Oklahoma, deixando a desvantagem em apenas quatro ao fim da parcial: 25 a 2.

O segundo período começou com dois coadjuvantes roubando a cena. Anthony Morrow entrou muito bem no OKC com sete pontos. A resposta dos Warriors também saiu do banco: Marreese Speights foi além, anotou nove pontos e manteve a liderança. O Thunder cresceu com a volta de Adams para a quadra, que silenciou o ginásio com uma enterrada desmoralizante. Mas foi por pouco tempo. Imediatamente, Curry meteu uma bola de três do meio da rua, marcou sete pontos em um minuto e colocou fogo nas arquibancadas novamente: 47 a 39. Abusando da velocidade, o ataque do Golden State continuou fluindo bem, mas Durant e Westbrook não deixaram os rivais deslancharem e o placar foi para o intervalo em 58 a 50 para os Warriors.
Golden State Warriors x Oklahoma City Thunder - Jogo 5 (Foto: Getty Images)Klay Thompson também teve boa atuação, ajudando na vitória dos Warriors com 27 pontos (Foto: Getty Images)
Golden State perdeu um pouco o ritmo no início do terceiro quarto e o Thunder, com Ibaka e Durant, voltou a colar: 60 a 59. Os visitantes só não assumiram a ponta porque Curry tirou uma bola de três da cartola, desafogando para os Warriors. O jogo continuou equilibrado, com as duas defesas bastante agressivas. Curry, com linda infiltração, evitou a liderança do OKC quando o placar estava empatado em 64 a 64. Mas uma bola de três de Westbrook deu a liderança ao Oklahoma pela primeira vez. O jogo ficou tenso e os dois times seguiram trocando pontos e erros: nove turnovers somados na parcial. Draymond Green apareceu bem a terceira bola de três de Curry no jogo ajudaram o Golden State a fechar na frente: 81 a 77.

Com uma formação alternativa em quadra, os Warriors finalmente conseguiram respirar no início do último período. Com bolas de três de Iguodala e Livingston os donos da casa abriram 89 a 77. O Thunder não se entregou. Durant e Westbrook continuaram convertendo arremessos complicados e Ibaka colocou duas bolas de três para manter o time no jogo. Nos últimos minutos, a diferença chegou a cair para cinco pontos (103 a 98). Foi quando Curry resolveu chamar a responsabilidade, anotar 12 pontos nos últimos seis minutos e garantir a vitória por 118 a 111.
a série
Golden State Warriors 2 x 3 Oklahoma City Thunder
Jogo 1 - 16/5, Warriors 102 x 108 Thunder, em Oakland
Jogo 2 - 18/5, Warriors 118 x 91 Thunder em Oakland
Jogo 3 - 22/5, Thunder 133 x 105 Warriors, em Oklahoma
Jogo 4 - 24/5, Thunder 118 x 94 Warriors, em Oklahoma
Jogo 5 - 26/5, Warriors 118 x 111 Thunder, em Oakland
Jogo 6 - 28/5, em Oklahoma, às 22h
*Jogo 7 - 30/5, em Oakland, às 22h
*Se necessário
** Horário de Brasília

Bauru faz 38 pontos no último quarto e dá o troco no Fla em arena olímpica

Liderado por Paulinho Boracini, time paulista vence por 85 a 80 e empata série final

Por Rio de Janeiro

Vento que venta lá venta cá. Assim como o Flamengo foi até Marília e venceu fora de casa com atuação dominante no último quarto, Bauru fez o mesmo no Rio de Janeiro, nesta quinta-feira. O ambiente era novo, mas o público, praticamente o de sempre. Mesmo sem lotar a Arena Carioca 2, palco do judô e da luta olímpica nos Jogos do Rio, o torcedor rubro-negro fez sua parte. Mas em quadra os jogadores sucumbiram diante de um adversário superior, sobretudo no quarto período, com vitória parcial por 38 a 31. No fim, 85 a 80 e 1 a 1 na série melhor de cinco jogos (veja os melhores momentos no vídeo acima). O público total foi de 7.836 pessoas, sendo 6.077 pagantes - a carga de ingressos foi de 7 mil.
Liderada por Paulinho Boracini, com 17 pontos e sete assistências, e com boas atuações dos reservas Léo Meindl e Murilo, a equipe paulista força a realização do jogo 4, em Marília, no dia 4 de junho. Mas antes, no próximo sábado, as duas equipes fazem o terceiro duelo da série, no mesmo local, às 14h10, com transmissão ao vivo do SporTV 2 e cobertura em Tempo Real do GloboEsporte.com.
- Acho que o nosso primeiro tempo foi muito bom, nossa defesa funcionou, e o nosso ataque foi muito feliz no segundo tempo. Perdemos em Marília, ganhamos aqui e agora temos outra batalha no sábado. Quem sabe não conseguimos outra vitória para decidir o título em Marília - disse o pivô Murilo, que saiu do banco para ajudar com 11 pontos e cinco rebotes.
Outros nomes importantes da equipe visitante foram Rafael Hettsheimeir, com 12 pontos e nove rebotes; e Alex, com 13 pontos e quatro rebotes.
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Flamengo x Bauru final do NBB jogo 2 basquete Alex (Foto: João Pires/LNB)Alex tenta a cesta diante da marcação de Rafa Luz e Marquinhos (Foto: João Pires/LNB)
Pela equipe carioca, Marquinhos acordou no segundo tempo após passar os dois primeiros quartos zerado. Foi o cestinha da partida com 26 pontos. Meyinsse anotou 11 pontos, e Marcelinho, 10. Apesar dos 80 pontos, o time de José Neto teve um aproveitamento decepcionante de apenas 38,3% nos arremessos de quadra contra 49,4% do rival.
- A equipe de Bauru tem diversas formas de jogar, e nós não conseguimos defender nesse último quarto, quando eles fizeram o que nós fizemos na última partida. Foi a primeira vez que levamos 38 pontos num período e isso acabou custando caro - reconheceu Marquinhos.
Apesar da derrota, a torcida rubro-negra aplaudiu o time após a partida, com cantos de que o basquete é o "Orgulho da Nação", e o futebol, a vergonha.
Flamengo x Bauru final do NBB jogo 2 basquete Arena Carioca 2 (Foto: André Durão)Arena Carioca 2 foi inaugurada com jogo 2 da final entre Flamengo e Bauru (Foto: André Durão)
A primeira cesta foi paulista, ou melhor, americana. Da linha dos três, Robert Day começou afiado e tirou o primeiro zero do improvisado placar. Rafa Luz deu o troco na mesma moeda. E assim caminhou o primeiro quarto. Equilibrado, mas sempre com Bauru à frente. A primeira liderança rubro-negra só veio a quatro minutos para o fim. Ramon recebeu falta da linha dos três e converteu todos os lances livres (10 a 9). O marcador era baixo, mas tinha uma lógica. Além da marcação agressiva de ambos os lados, os principais pontuadores das duas equipes nos playoffs erravam demais. Enquanto Olivinha e Marquinhos zeraram nos 10 minutos iniciais pelo lado dos donos da casa, Jefferson teve o mesmo desempenho, e Hettsheimeir anotou apenas dois pontos em 10 tentados. O empate de 15 a 15 não podia ser mais adequado.
Os dois times vieram bastante modificados para o quarto seguinte. Além de Marcelinho e Rafael Mineiro, que já haviam entrado no fim do primeiro período, Gegê foi a outra cara nova no Flamengo. Do lado de Bauru, entraram Léo Meindl e Murilo. As trocas feitas por Demétrius Ferraciú surtiram efeito, e a equipe paulista fez 16 a 8 na parcial, abrindo 31 a 23, a maior diferença da partida. Neto mexeu de novo. Colocou Jason Robinson e voltou com Meyinsse e Ramon. Mas nada adiantou. Com Olivinha e Marquinhos no banco o período inteiro, os donos da casa, que tiveram um aproveitamento pífio de 20% nos arremessos de quadra, ficaram pouco mais que cinco minutos sem marcar um ponto sequer. A diferença só não aumentou porque o ataque de Bauru também emperrou. Os rubro-negros só voltaram a pontuar a 1m26 do intervalo, numa bola de três de Marcelinho, que deu números finais ao primeiro tempo: 31 a 26 a favor do time paulista. 
Flamengo x Bauru final do NBB jogo 2 Olivinha basquete (Foto: André Durão)Olivinha tenta a cesta, marcado por Jefferson (Foto: André Durão)

Como no primeiro tempo, os dois primeiros pontos foram de Bauru. Desta vez com Alex. E mais uma vez o Flamengo começou adormecido. Mas bastou Marquinhos converter sua primeira bola de três e anotar cinco pontos seguidos para a Arena Carioca conhecer a força da torcida rubro-negra e o sono acabar. O jogo, até então morno, pegou fogo. A diferença, que chegou a ser de sete, caiu para dois. Depois de tentar frear a reação dos donos da casa colocando Léo Meindl no lugar de Paulinho, que deixou a quadra esbravejando, Demétrius parou o jogo. O pedido de tempo não resolveu muito coisa. O empate veio numa cravada de Rafa Luz, e a virada, em dois lances livres de Marquinhos (41 a 39). No ataque seguinte, Paulinho acertou uma de três e diminuiu o volume dos rubro-negros. JP Batista recolocou os atuais tricampeões na frente. Mas em outra bola de três, essa de Alex, os paulistas voltaram a assumir a liderança (45 a 43).
Flamengo x Bauru final do NBB jogo 2 basquete (Foto: André Durão)Léo Meindl enterra em cima de JP Batista
(Foto: André Durão)
O jogo, que já havia esquentado, pegou fogo de vez quando JP Batista e Marquinhos se estranharam com Léo Meindl e Murilo e tiveram que ser contidos pelos outros jogadores. Falta técnica para os dois lados. Marquinhos aproveitou os dois lances livres, e Alex desperdiçou o seu. Para piorar, o camisa 10 cometeu sua terceira falta e foi substituído pelo jovem Gui Santos. Os donos da casa se aproveitaram,  passaram à frente e terminaram o terceiro período vencendo por 49 a 47.
Bauru voltou melhor, fez 13 a 5 e abriu sete pontos de vantagem a pouco mais de seis minutos do fim. Mesmo com três faltas, Alex voltou para quadra. Mas foi Murilo quem anotou uma bola de três para manter o time paulista com oito pontos de frente. De lance livre em lance livre, Marquinhos mantinha o Flamengo na parada. Mas o momento era todo do time paulista e, numa bandeja de Jefferson, os visitantes abriram 10 pontos a quatro minutos do fim e obrigaram Neto a parar o jogo. O pedido de tempo nada adiantou, e a vantagem pulou para 12 novamente com Jefferson, só que desta vez numa bola de três. O Flamengo até esboçou uma reação e diminuiu o prejuízo, mas a tarde era mesmo do time paulista, que venceu os 10 minutos finais por 38 a 31 e a partida por 85 a 80.
equipes e pontuação
FLAMENGO: Marquinhos (26), Olivinha (8), Rafa Luz (7), Meyinsse, Ronald Ramon (6). Entraram: Marcelinho (10), Jason Robinson (2), JP Batista (6), Gegê (2), Rafael Mineiro (2). Técnico: José Neto
BAURU: Alex (13), P. Boracini (17), Jefferson (10), Robert Day (5). R. Hettsheimeir (12). Entraram: Léo Meindl (13), Murilo (11), Gui Santos (4). Técnico: Demétrius Ferraciú
a série
Jogo 1: Bauru 77 x 83 Flamengo, em Marília
Jogo 2: Flamengo 80 x 85 Bauru, no Rio
Jogo 3: dia 28/5, no Rio
Jogo 4: dia 4/6, em Marília
Jogo 5*: dia 11/6, no Rio