Objetivo é permitir que PM-MA atue na prisão de suspeitos por ataques.
Em uma semana, foram 16 ônibus incendiados, com 7 totalmente destruídos.
Agentes vão trabalhar em pontos fixos, orientados pela PM-MA (Foto: Regina Souza/TV Mirante)
A Secretaria de Estado da Segurança Pública do Maranhão (SSP-MA)
divulgou na manhã desta quarta-feira (25) como será a atuação da Força
Nacional de Segurança Pública (FNSP) em São Luís (MA). Os agentes da
Força Nacional trabalharão em pontos fixos, permitindo que a policiais
militares que atuavam nesse tipo de patrulhamento sejam liberados para
ações conjuntas com a Polícia Civil de prisão dos suspeitos pelos
ataques a ônibus na Região Metropolitana.
Em uma semana, foram 16 veículos foram incendiados, com sete foram completamente tomados pelas chamas. O atentado mais recente foi registrado na noite desta segunda-feira (23) na zona rural de São Luís.
O pedido de reforço da Força Nacional foi feito pelo governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB).
Os homens chegaram à capital maranhense nessa terça-feira (24).
Esquema foi apresentado pela SSP-MA em
coletiva (Foto: Regina Souza/TV Mirante)
O secretário de Estado da Segurança Pública, Jefferson Portela,
detalhou em entrevista coletiva a atuação dos agentes federais, que vão
reforçar a segurança em diferentes pontos fixos do eixo urbano e rural
da Região Metropolitana, liberando os agentes da Polícia Militar do
Maranhão (PM-MA) – que estavam imobilizados no patrulhamento de rua –
para circular em busca e captura dos criminosos, já identificados pelo
sistema de segurança pública do Estado, numa ‘caçada policial’ aos
envolvidos. “Agora, é somar esforços na grande ação contra o crime”,
disse o secretário.
Portela destaca que após os ataques, o governo reagiu com ataque direto
à criminalidade. No período, 30 suspeitos foram identificados e presos
por participação direta nos ataques, e mais de 60 flagrados em outras
situações criminosas. “É importante atuar contra todos. Esta ação
policial visa combater todo tipo de crime”, afirma.
Reforço da Força Nacional visa permitir mobilidade de equipes da PM-MA (Foto: Regina Souza/TV Mirante)
Dez internos condenados por outros crimes no Complexo Penitenciário de
Pedrinhas, em São Luís, foram identificados como mandantes e autuados
por organização criminosa, crimes de incêndio e corrupção de menores. O
governo já pediu à Justiça a transferência deles para presídios
federais, e aguarda um posicionamento da Vara de Execuções Penais. “A
ação é permanente”, conclui Jefferson Portela.
O subcomandante geral da PM-MA, coronel Jorge Allen Guerra Luongo,
confirmou novas prisões de suspeitos feitos no interior do Maranhão. Os
locais das prisões e o número de suspeitos presos são mantidos em
sigilo, segundo o comandante, porque a participação de cada um ainda
será apurada.
Sobre a atuação da Força Nacional, Luongo disse que todas as forças vão
trabalha juntas. “Nós vamos passar as orientações. É um somatório”,
disse.
Chegada da Força NacionalAs
tropas chegaram na tarde dessa terça-feira e vão reforçar o
policiamento nas ruas da capital, que vem sofrendo desde a quinta-feira
(19) uma série de ataques a ônibus. O efetivo da tropa federal fez o
deslocamento até a capital maranhense em 20 viaturas, um micro-ônibus e
um ônibus. Os agentes estão alojados em três locais diferentes, sendo
um deles no Complexo Esportivo do Estádio Castelão, onde vão planejar as
operações e darão suporte à polícia do Maranhão no combate as
organizações criminosas que aterrorizam a população.
Homens da Força Nacional ficaram alojados no Castelão (Foto: Jéssica Melo / Tv Mirante)
As ordens destes ataques foram feitas de dentro do Complexo
Penitenciário de Pedrinhas, que ganhou destaque nacional após fugas,
mortes e rebeliões sangrentas. Os motivos dos ataques não foram
revelados pelo secretário de Segurança Pública, Jefferson Portela, que
se limitou a dizer que a polícia trabalha com duas linhas de
investigação.
Em 2014, os mesmos detentos ordenaram ataques a ônibus por causa das constantes revistas no presídio.
Desde que os ataques a ônibus tiveram início na quinta-feira (19), 16 veículos foram incendiados. No entanto, apenas sete foram completamente tomados pelas chamas.
O atentado mais recente foi registrado na noite desta segunda-feira (23) no Residencial 2000, no bairro Maracanã, na zona rural de São Luís, dois
dias depois do governador anunciar a vinda da Força Nacional a capital.
Policiais militares, civis e bombeiros reforçam a segurança em vários
pontos dos quatro municípios da Região Metropolitana de São Luís. Os
ônibus voltaram a circular normalmente nesta segunda-feira (23), após
determinação do Governo do estado e prefeitura de São Luís.
Comerciantes ameaçadosComerciantes
do Coroadinho, a quarta maior favela do país e a primeira do Norte e
Nordeste - segundo o último censo realizado pelo Instituto Brasileiro e
Geografia e Estatística (IBGE), fecharam as portas durante a tarde do
último sábado (21) depois que criminosos disseminaram série de ameaças.
Bandidos ameaçaram queimar estabelecimentos de comerciantes (Foto: Divulgação / Coroadinho Online)
Pela
noite do mesmo dia, policiais realizaram a prisão de um homem que se
preparava para atear fogo em pneus na Avenida Jerônimo de Albuquerque,
no bairro Vinhais em São Luís. O suspeito teria informado à policiais que não seria um atentado, mas um protesto contra a insegurança.
Policiais em ônibus
O governador Flávio Dino informou que vai monitorar as empresas para
confirmar se todos os ônibus estão circulando pelas ruas da cidade.
Ele
também garantiu que vai intensificar o combate aos criminosos com
policiais dentro dos ônibus, blitzen, incursões nos bairros para
patrulhamento e captura de procurados da Justiça.
Policiais embarcar em ônibus para evitar ataques (Foto: Divulgação / Karlos Geromy / Secap)
A adoção de novas medidas de segurança foi instituída pelo governador
Flávio Dino em reunião na manhã deste domingo (22), no Palácio dos
Leões, em São Luís. De acordo com o governador, o monitoramento direto
sobre as empresas de ônibus tem como objetivo garantir a circulação
normal dos coletivos, sobretudo no período noturno
.
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