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sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Isquiotibial, o músculo da 'fisgada'


Conheça as funções dos músculos posterioes da coxa, os principais fatores de risco e formas de evitar essa lesão comum a corredores e peladeiros

futebol eu atleta (Foto: Getty Images)Corredores e jogadores de futebol teme a famosa "fisgada" no posterior da coxa  (Foto: Getty Images)
Sabe "aquela" fisgada no posterior da coxa que tanto assusta ao final de um treino longo ou durante um jogo de futebol? As lesões nessa região da perna são frequentes em esportes que envolvam corrida, mas nem sempre são graves -podem ir de uma simples sensação dolorosa até uma ruptura de fibras musculares.
Os músculos posteriores da coxa são chamados de isquitibiais e têm ação sobre o joelho e o quadril. O principal papel dessa musculatura durante a corrida é frear um pouco antes do pé tocar o chão. Sem a sua contração nessa fase é como se o pé fosse chutado para frente com força todas as vezes que vai encontrar o chão: o joelho estica muito rápido.  Na fase em que o pé já está em contato com o solo essa musculatura auxilia na estabilização da posição do quadril.
Os principais fatores que aumentam o risco de lesão nos isquiotibiais são:

Fraqueza muscular: os músculos precisam de força para frear o movimento. Se lhes é exigido mais do que suportam pode ocorrer ruptura de fibras musculares. Porém é preciso mais do que “puxar peso” para treinar adequadamente essa musculatura. É necessário um trabalho de ação excêntrica (ao final do texto apresento um exercício para exemplificar);

* Lesão prévia: após uma primeira fisgada, aparentemente inocente, as chances de uma lesão mais grave aumentam. Isto acontece porque ocorre uma inibição do músculo pelo cérebro, que é quem controla toda a atividade muscular (o cérebro faz com que o músculo diminua sua contração e força). Como explicado no caso acima, se o músculo não tem força para dar conta do recado ele acaba sofrendo uma lesão;
Desequilíbrio muscular: falta de força nos músculos do quadril (glúteo máximo, por exemplo) faz com que os músculos posteriores da coxa tenham que trabalhar mais para compensar essa fraqueza, o que gera sobrecarga e lesão.
Fadiga: esse grupo muscular vai perdendo sua potência de ação ao longo do tempo, por isso lesões são mais frequentes no final de treinos e jogos. Alongamento é a primeira coisa que vem a cabeça quando se fala em dor em posterior de coxa não é mesmo? Porém pesquisas científicas mostraram que o alongamento não previne lesão nessa musculatura e pode até mesmo retardar o seu processo de recuperação.
Para treino de ação excêntrica dos músculos isquitibiais pode-se fazer o seguinte exercício: de joelhos, com alguém segurando seus pés, vá inclinando o corpo para frente, sem mexer o quadril. Lembre-se de manter o abdômen contraído.

Embora seja uma tecla já bastante batida, não custa relembrar: o aquecimento antes do treino (uma caminhada ou um trote leve, por pelo menos 10 minutos) é uma medida simples que contribuirá na prevenção da lesão nos músculos posteriores da coxa e tantas outras.

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