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segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

BEIJA-FLOR É O MARANHÃO NA SAPUCAÍ


Beija-Flor empolga público e é uma das favoritas

Rio – A Beija-Flor foi a sexta e penúltima escola a deixar a Sapucaí na primeira noite de desfiles do Grupo Especial do Rio. Homenageando os 400 anos da cidade de São Luís, do Maranhão, a Beija-Flor empolgou o público e saiu da passarela aos gritos de “É campeã” por parte dos seus componentes que já estavam na dispersão.
O desfile teve início às 4h19 desta madrugada de segunda-feira, 20, com um samba gostoso de cantar. A escola, 12 vezes campeã do carnaval carioca, veio com 48 alas, 8 alegorias e 4 mil componentes.  A comissão de frente trouxe uma enorme serpente, que é separada em várias partes, indicando estar morta.
Na sequência, os componentes da comissão desfilaram carregando as várias partes da pele da serpente, morta pela guerreiro. A novidade ficou por conta de uma super ala, a do “Mercado”, formada por componentes com diferentes fantasias.
O carnavalesco João Trinta, que morreu em 17 de dezembro do ano passado, em São Luís, também foi homenageado. Uma escultura do carnavalesco surpreendeu o público em meio ao desfile cercado de mendigos,numa releitura de “Ratos e Urubus, Larguem Minha Fantasia”.
Um dos destaques da escola foi a cantora Alcione, que desfilou com familiares no penúltimo carro da agremiação e se sentiu honrada com a homenagem à cidade natal. “Não emocionou só a mim, mas a todos os maranhenses. Só pelo que eu sei são 700 desfilando aqui hoje”, afirmou. Ela sairá de destaque em um carro com familiares. “A Sapucaí está muito bonita. Cabe mais gente agora.”
O pássaro símbolo da escola de Nilópolis foi um dos destaques do carro abre-alas, que exibia uma quimera gigante e dourada de três cabeças e uma cauda de serpente, representando as culturas europeias que invadiram a ilha que hoje é São Luís.
A Ala “Angústia dos Grilhões” trouxe um navio cheio de escravos acorrentados, representados pelos componentes da escola e por esculturas que revestiam o carro. Outros 360 componentes deram vida aos negros que ajudaram a construir a capital maranhense na ala “O mercado de dialetos africanos”, décima a entrar na Avenida. Passistas mascarados representaram os pretos-velhos, que atuavam como guias dos negros encarnados.
 Segundo a direção da agremiação, o desfile teve cinco toneladas de búzios. As milhares de conchas foram usadas em alegorias e fantasias que retratam a escravidão.
O primeiro campeonato conquistado pela Beija-Flor foi em 1998, quando empatou com a Mangueira. As outras vitórias foram obtidas em 2003, 2004, 2005, 2007, 2008 e 2011.

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