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sexta-feira, 13 de setembro de 2013

FIM DA CARREIRA DE UM ÍDOLO MARANHENSE



Kleber Pereira anuncia fim de carreira 




no Moto e recorda de Santos e Atlético


Kleber Pereira, aos 38 anos, pode ainda jogar alguns amistosos pelo
Moto, como contra o Cobreloa (CHI), mas jogos em competições não mais

Comemorar um gol com lágrimas é o símbolo maior do valor dado ao jogador àquele momento. Era a Segunda Divisão do Campeonato Maranhense, já passavam dos 45 minutos do segundo tempo. Kleber Pereira estava jogando machucado, com dores na coxa direita. Mas em seu jogo de despedida ele deu um jeito: fez um dos gols mais comemorados da história do Moto Club, de cabeça, aos 47 minutos. Praticamente o último lance no empate, por 1 a 1, contra o Itapecuruense, que terminou sem vencer nenhuma.
Kleber Pereira no seu último jogo oficial pelo Moto Club (Foto: Zeca Soares/Globoesporte.com)Kleber Pereira em seu último jogo oficial pelo Moto Club (Foto: Zeca Soares/Globoesporte.com)
Kleber Pereira, aos 38 anos, pode ainda jogar alguns amistosos pelo Moto, como na quinta-feira, em São Luís, contra o Cobreloa (CHI), mas jogos em competições não mais. O próximo campeonato é a Copa São Luís, que começa dia 25 deste mês e vale vaga para a Copa do Brasil de 2014.
Com base nos dados levantados pelo pesquisado Hugo Saraiva, que escreveu ‘Memória Rubro-Negra. De Moto Club a eterno Papão do Norte’, Kleber fechou sua carreira com 420 gols, considerando este contra o Itapecuruense.
A festa foi marcada ainda pelo aniversário de 401 de São Luís e a volta da camisa verde e branca do Moto, usada nos primeiros anos do clube, que completa 76 anos na próxima sexta-feira.
GLOBOESPORTE.COM/MA: Em quais gols você comemorou com lágrimas?
- No Santos, comemorei também no México, quando fui campeão da Interliga (pelo Necaxa) e o primeiro gol quando eu voltei para o Moto, além deste aqui. Sou uma pessoa muito forte, por isso quando a gente chega a chorar é pelo fato de que sentimos uma coisa muito forte.
Você conclui sua carreira pelo clube que lhe deu a primeira oportunidade no futebol profissional, em 1997. Ficou satisfeito?
- Às vezes fico olhando o álbum que tenho em casa dos momentos que tive. Mostro para meu sobrinho que vive gritando que quer jogar no Papão (risos), mas chega um determinado momento na vida que temos que ter descanso. Conversei com minha família. Lógico que ninguém queria que eu parasse, ainda mais a torcida do Moto, mas o jogador não fica pro resto da vida. Estou satisfeito com tudo que Deus me deu. O que pretendia, consegui – disse Kleber ao fim do jogo.
Kleber Pereira recebe homenagem do clube. Evento teve presença de autoridades como o prefeito de São Luís (Foto: Honório Moreira / Divulgação)Prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior, Kleber Pereira, conselheiro do Moto, Edmar Cutrim, e o presidente do clube, Roberto Fernandes (Foto: Honório Moreira / Divulgação)
Pela emoção, este aqui é um dos grandes momentos da sua carreira, como você jpa disse. Quase foram outros?
- O título brasileiro pelo Atlético Paranaense, em 2001. No México foi o título pelo América e pelo Necaxa, da Interliga, quando fomos para a Libertadores. No Santos foi ser artilheiro do Brasil e também do Campeonato Brasileiro e não ter deixado o time cair para a Segunda Divisão, em 2008, e no Moto foi o acesso e o título da Segunda Divisão do Maranhense (vídeo abaixo).
A Seleção Brasileira fez falta na sua carreira?
No começo da carreira, a gente sempre pensa, mas depois vai vendo as coisas que acontecem lá dentro e vai se decepcionando. Então não me arrependo e nem fico chateado de não ter ido. Só o que Deus me deu, já estou satisfeito.
Com a presença nos jogos, a torcida do Moto não deixou o time lembrar que estava jogando uma Série B de Estadual. Pareceu competição de Primeira Divisão?
- Essa é uma torcida maravilhosa. É um patrimônio que o clube tem. Esperto que essa diretoria não deixe isso morrer, pois o que o Moto tem de melhor é sua torcida.
No jogo em que você homenageado, ficou no banco e só entrou faltando 15 minutos para terminar. O que aconteceu?
- Falei para o Celinho (Valentim, treinador) desde o início da semana. Não treinei nenhum dia, sentindo fortes dores na coxa direita e isso prejudica, pois movimentamos o corpo de um lado para o outro. No sábado pela manhã falei pra ele me deixar no banco e que eu jogasse pelo menos cinco ou dez minutos. Não sabia o que ia acontecer no jogo, mas Deus me abençoou mais uma vez.
Tem um amistoso na quinta-feira, contra o Cobreloa (CHI) e a torcida e diretoria contam com sua presença. É possível?
- Se eu me recuperar até lá, com certeza, vou procurar descansar e fazer tratamento intensivo para jogar contra os chilenos

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