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segunda-feira, 2 de setembro de 2013

YAMAHA PROMETE ESQUENTAR BRIGA CONTRA HONDA

Yamaha YS150 Fazer declara guerra contra Titan

A Yamaha declarou guerra contra a líder Honda CG 150. O lançamento da Fazer 150 traz a marca de volta à briga contra a rival que até o final de julho deste ano já vendeu 200 mil unidades no principal segmento do país. o de motos urbanas de 150 cc.

O desafio é mesmo desafio vivido em 2000, quando a Yamaha lançou a YBR 125 para disputar espaço com a Honda CG 125. Mais de uma década depois, a história se repete. Aos olhos da fabricante, sua 150 é a melhor da categoria e está pronta para abocanhar 30% do mercado.

Segundo Shigeo Hayakawa, diretor presidente da Yamaha do Brasil, as armas do novomodelo são "design original, baixo consumo e ótimo desempenho".

A moto chega às concessionárias em outubro e será uma opção a mais no line-up da marca, junto com a Factor YBR 125, que continua em produção. São duas versões: a básica é a ED, R$ 7.390; a completa, SED, sai por R$ 7.890 -- valores sem frete.

A diferença entre os modelos está mais ligada ao apelo visual, já que a top de linha oferece cavalete central, lentes brancas nos piscas, capa antiderrapante no banco, molas com pintura na cor vermelha, grafismos diferenciados e cores exclusivas. A lista de itens parece não justificar o custo adicional de R$ 500, mas o público que busca uma moto agressiva visualmente vai se empolgar com a "descolada" SED.


TUDO PELO DESIGN

Em uma primeira impressão, a Fazer cumpre a promessa de design novo e arrojado. Mesmo com corpo esguio e características de utilitária (rabeta, escape e suspensão bichoque) semelhantes aos do principal modelo street da marca, a moto tem seu tom de esportividade. Aletas largas ao lado do tanque, rodas de liga leve e um farol poligonal e pontudo são a prova de que esta versão da Fazer veio para ocupar um patamar acima da Factor 125.

Uma vez que o visual foi uma preocupação da marca japonesa ao conceber o novo modelo, há capricho nos detalhes. A lanterna traseira é bipartida; o painel mistura elementos analógicos e digitais, iluminados em vermelho, algo digno de destaque. Quem pensa que a Fazer 150 é apenas uma YBR melhorada está enganado. Segundo Yoshihide Ishii, engenheiro líder do projeto, que veio ao Brasil para o lançamento do modelo, a YS150 "é uma moto nova, que nada tem a ver com a YBR".

MOTOR LINEAR

O novo motor de 149,3 cm³ de capacidade traz a segunda geração da tecnologia Blueflex. O sistema de alimentação reaproveita o combustível excedente melhorando o consumo. A fabricante apresentou gráficos nos quais a Fazer 150 foi até 7% mais econômica se comparada à sua principal concorrente, a Honda CG. A potência máxima é de 12,2 cv a 7.500 rpm, com torque de 1,28 kgfm a 5.500 giros.
O câmbio de cinco marchas tem engates precisos e o ponto morto pode ser encontrado com facilidade. Ainda nesse quesito, o piloto conta com o indicador de marcha engatada no painel, o que pode ser um facilitador para os iniciantes no mundo das duas rodas.

CONSERVADORA

Para encarar o desafio das estradas brasileiras os engenheiros do Japão foram conservadores e optaram pela receita tradicional no conjunto de suspensão. Na dianteira, o garfo telescópico oferece curso de 120 mm enquanto na traseira a balança conta com uma dupla de amortecedores reguláveis e 120 mm de curso. Um conjunto eficiente e confiável tanto na manutenção, quanto no uso severo.

Nas duas versões, a Fazer 150 oferece rodas de 18 polegadas calçadas com pneus sem câmara da marca Metzeller. Na dianteira, 2.75 -18; 100/80 na traseira. A Yamaha destaca a medida da traseira como a mais larga da categoria, o que aumentaria o conforto e a segurança.

Já sobre a ciclística, vale dizer que a moto é baixa, com banco a 785 mm do solo. Com isso, mesmo os pilotos de menor estatura se sentirão "em casa", com postura relaxada. Enquanto os braços chegam naturalmente aos comandos, os pés alcançam o solo com facilidade.

O lampejador de farol alto faz falta, porém é compensado pelo painel onde se destaca o conta-giros analógico e velocímetro digital. Informações como nível de combustível, hodômetro parcial, além da marcha engatada, completam o pacote de informações disponíveis.

EM MOVIMENTO

Pilotando a nova Fazer, pode-se perceber que o assento mantém a tradição de conforto da "irmã maior" de 250 cc, permitindo longos períodos sobre a moto sem cansar o piloto. As pedaleiras -- emborrachadas para o piloto, fixadas ao quadro (tipo bacalhau) para a garupa -- propiciam maior conforto. Essa característica é reforçada pelo sistema de balanceiro do motor e coxins de fixações no quadro, que impedem a vibração de se tornar um incomodo.

Embora a pista fosse travada, tivemos a possibilidade de avaliar o sistema de freio (disco de 245 mm na dianteira e tambor na traseira), que se mostrou adequado ao desempenho da moto e permitiu frenagens bastante progressivas. Desempenho esperado para a categoria.

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