Inspirada na WNBA, Hortência dá cara
nova à LBF para temporada 2013/14
Ex-jogadora assume cargo de diretora executiva e apresenta novidades da quarta edição da Liga de Basquete Feminino
Hortência respira fundo, está pronta para o lançamento. Desta vez, não é a bola laranja que irá ao ar em um lance livre, e sim o projeto da Liga de Basquete Feminino (LBF) para a temporada 2013/14. Agora diretora executiva, a ex-jogadora assumiu o comando da Liga e deu uma nova cara, ainda mais profissional e estruturada. Ela quer fazer a LBF ficar cada vez mais parecida com a WNBA (liga americana feminina de basquete) e o primeiro passo será dado já na quarta edição, apresentada nesta quarta-feira, em São Paulo. Ações sociais e de entretenimento são as novidades da competição.
- É um momento muito feliz. Quando fui convidada, aceitei muito rapidamente. Como ex-jogadora, vivo de desafios. O de hoje é fazer a Liga voltar a ser o que era quando eu a Paula jogávamos. Isso já começou. Vejo uma evolução muito grande em termos de produto, bem feito e bem apresentado. A ideia é fazer da LBF uma WNBA em um futuro de médio a longo prazo - disse Hortência.
As principais novidades da edição 2013/14 são duas ações sociais e de entretenimento que prometem abrilhantar ainda mais a competição. Haverá um Jogo das Crianças, em que o publico será formado exclusivamente por garotos e garotas. Os torcedores mirins ainda terão grande contato com as atletas. Além disso, também está programado o Jogo das Estrelas, como já ocorre no NBB (Novo Basquete Brasil) e nas ligas americanas. As datas e os locais desses eventos ainda não estão definidos.
| Equipes da LBF 2013/14 |
|---|
| Sport Recife - PE |
| Americana - SP |
| Maranhão - MA |
| São José - SP |
| Santo André - SP |
| Ourinhos - SP |
| Brasília - DF |
| Rio Claro - SP |
Na quarta edição da LBF, oito clubes brigarão pelo título, um a mais do que na última temporada. O campeão Sport Recife permanece no páreo, assim como Americana, São José, Ourinhos, Maranhão e Santo André. Em vez do Guarulhos, a Liga conta agora com dois estreantes: o Brasília e o Rio Claro. As equipes jogarão em turno e returno entre 30 de novembro e primeiro de março de 2014. As duas melhores na fase de classificação avançam direto para as semifinais, enquanto as classificadas entre a terceira e a sexta posição fazem um mata-mata pelas outras duas vagas. As finais permanecem no formato melhor de três jogos e serão realizadas em abril do ano que vem.
- Queremos aumentar esse número de equipes, mas precisamos solidificar os times. Temos de crescer gradativamente. Vamos construir com os pés no chão, com profissionalismo e estrutura. A ideia é ter dez times na quinta edição, pular para 12 na seguinte e continuar crescendo - disse Hortência, que ressaltou o fato de a quarta edição da LBF ter 12 estrangeiras e sete jogadoras que disputaram a última temporada da WNBA, incluindo a pivô brasileira Érika.
Essa não é a primeira experiência da ex-jogadora como cartola. Ela foi diretora de seleções da CBB (Confederação Brasileira de Basketball), mas deixou a entidade insatisfeita depois de uma conturbada mudança de cargo. As rusgas com a CBB, porém, ficaram no passado, tanto que o presidente Carlos Nunes prestigiou o evento de lançamento da LBF, ainda que não tenha se demorado no local. A Liga é independente, mas conta com o apoio da entidade máxima do basquete nacional.
- É uma honra estar aqui e ver esse sucesso latente na criação da LBF. A Hortência não foi só uma competente atleta, como também é uma excelente administradora. O basquete feminino precisa de um impulso como esse, e a CBB quer dar esse apoio - disse Nunes.
- Meu papel e fazer a Liga ficar forte. Falamos sempre com o NBB, com o Ministério do Esporte e com a CBB. Toda ajuda e bem vinda. Quero retribuir o que o basquete fez por mim. Na Liga, posso fazer isso com mais autonomia. Na CBB eu não conseguia fazer algumas coisas, mas não estou reclamando. O presidente veio aqui nos prestigiar até - disse Hortência.
A ex-jogadora tem planos para concorrer à presidência da LBF em 2014, cargo atualmente ocupado por Márcio Cattaruzzi. Uma de suas plataformas é seguir os passos do NBB e formar uma liga de desenvolvimento. O projeto já vai sair do papel ao fim da temporada 2013/14, mas ainda em um formato reduzido, apenas com uma etapa nacional. Hortência pretende realizar também fases estaduais e regionais em outros anos.
- O NBB está na frente. Não tem por que eu arriscar algo totalmente novo se eles têm um projeto que deu certo. Mas temos um banco de ideias que vamos botando em prática aos poucos - disse Hortência
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