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segunda-feira, 21 de outubro de 2013

KITESURF EM PARNAÍBA




Filho de pedreiro se destaca em etapa 



nacional de kitesurf no litoral do Piauí


James Freitas conheceu o kite aos oito anos e, ao lado de campeões, disputou primeira etapa do Brasileiro: ‘Tenho que ter humildade’, reconhece

James Freitas kitsurf (Foto: Josiel Martins/GLOBOESPORTE.COM)Aos 11 anos, James Freitas disputa título da etapa
do Nacional de Kitsurf (Foto: Josiel Martins)
Uma tela de genuína pintura de arte. O fundo azul do céu, a água do mar mudando de cor conforme o brilho do sol e alguns pontos coloridos: verde, branco, amarelo, vermelho... Essa era a visão de James Freitas, hoje com apenas 11 anos, quando se admirava com as competições de kitesurf no litoral do Piauí. Assistindo aos atletas, o garoto aprendeu rápido as habilidades e macetes da arte de manobras rápidas que parece flutuar: o freestyle. Com menos de um metro e meio de altura – menor do que a própria prancha – James estava entre campeões na primeira etapa brasileira do Campeonato Nacional de Kitesurf, realizado na Praia de Barra Grande, distante a 400 km da capital Teresina. Entre os pouco mais de 40 competidores, o “baixinho” se tornou um verdadeiro gigante.
A relação de James com o kitesurf começou aos oito anos. Após ficar apaixonado pelas pipas gigantes no céu, o menino partiu para a prática. Em 2011, participou da sua primeira competição. Dois anos depois, disputava o Brasileiro da modalidade. A autorização de praticar o esporte vem de casa, porém com ressalvas da mãe, vendedora de espetinho. O pai, pedreiro, dá total apoio. Os dois irmãos acham um loucura, mas acham as manobras legais.
James Freitas kitsurf (Foto: Josiel Martins/GLOBOESPORTE.COM)Jovem piauiense impressiona pela altura das manobras (Foto: Josiel Martins/GLOBOESPORTE.COM)
- Ficava observando as pipas voarem e pensei que poderia estar no mar, levitando no ar. Aprendi após várias quedas na água, mas nada que me fizesse parar. Minha mãe tem medo que eu me afogue ou fique machucado. Não importa. O pensamento é de acertar, acreditar – relatou o garoto, firme com as palavras.
Com o mar revolto, James foi para a bateria. Caiu uma, duas e três vezes. Levantou-se novamente e tentou de novo. Mas o mar não estava para peixe. O menino que faz o oitavo ano do Ensino Fundamental em uma escola pública sai cheio de ensinamentos. E lições.
- O kite ensinou que nós temos que ser humildes, compartilhar aquilo que ganhamos e não atrapalhar nada dos outros. Sem dúvida isso vem mudando minha vida – descreveu James Freitas.
Vento forte em etapa castiga atletas
Além de Jean, as feras do kitesurf brasileiro também sentiram na pele o peso do forte vento de Barra Grande. Para a cearense Dionéia Vieira, atual campeã brasileira, a etapa piauiense do circuito deu o tom das próximas competições no país. 
- Tenho uma grande responsabilidade como atleta que é dá sempre o melhor de mim nas competições. Quero me aperfeiçoar e garantir bons resultados no começo da temporada. Estou confiante, mas nada é fácil no kitesurf. Enfrentamos correntes de ar muito fortes, que não são constantes, o que dificulta as manobras, pois rajadas são um risco – comentou Dionéia, sétima colocada no Mundial da França. 
Os primeiros colocados na etapa do Piauí levarão passagem e hospedagem para participarem da etapa do mundial, em novembro, na Argentina. Competem entre si atletas dos estados do Ceará, Piauí, São Paulo, Maranhão, Santa Catarina e ainda de países como França e Venezuela. A competição faz parte do calendário do Festival das Emoções, evento que promove o turismo do litoral piauiense.
Kitsurf no Piauí (Foto: Josiel Martins/GLOBOESPORTE.COM)Piauí sedia primeira etapa do Campeonato Nacional de Kitsurf (Foto: Josiel Martins/GLOBOESPORTE.COM)

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