Segundo um estudo realizado na Universidade College London, na Grã-Bretanha, isso pode ser compensado por um estilo de vida saudável, que inclua prática de atividades físicas e alimentação balanceada. A pesquisa avaliou mais de 102.128 pessoas, entre 17 e 70 anos, de diversos países da Europa durante dez anos.
Os participantes foram classificados de acordo com a quantidade de fatores de risco ao estilo de vida que apresentavam (tabagismo, consumo de álcool, sedentarismo e obesidade). No caso, foram classificados entre os que seguiam um estilo de vida saudável (nenhum fator de risco), pouco saudável (um fator de risco) e não saudável (mais do que dois fatores de risco). De acordo com a pesquisa, 12% dos participantes afirmaram sofrer stress no trabalho. Ao longo de dez anos, a taxa de doença coronariana entre os voluntários foi de 18,4 casos a cada mil pessoas que sofriam estresse no trabalho, e de 14,7 casos a cada mil indivíduos que não sofriam do problema.
A prevalência de doenças cardíacas em geral também foi maior em quem afirmou sofrer com a pressão no trabalho: 31 casos por mil pessoas – entre aquelas que não se estressavam no trabalho, por outro lado, essa taxa foi de apenas 12 por mil pessoas. Levando em conta apenas as pessoas que sofriam estresse no trabalho e também tinham um estilo de vida saudável, apenas 15 a cada mil apresentaram doenças cardíacas. Entre os que levavam um estilo de vida não saudável, o índice foi de 31,2 a cada mil indivíduos. Com isso, os pesquisadores afirmam que um estilo de vida saudável pode reduzir substancialmente o risco de doença cardíaca entre as pessoas com tensão do trabalho. A pesquisa foi publicada nesta segunda-feira, no periódico Canadian Medical Association Journal (CMAJ).
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